Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

MARIA, FONTE DE NOSSA CONFIANÇA


Na primeira Aparição da Santíssima Virgem a Santa Catarina
Labouré, na noite do dia 18 para o dia 19 de julho, após anun-
ciar as tragédias que viriam, conforta-lhe dizendo:  "... Tende
confiança! Não percais a coragem. Eu estarei convosco...
".
 
Nosso Senhor, conforme narrado no evangelho de São João (Jo 19, 27), se dirige à sua Santíssima Mãe dizendo «Mulher, eis aí o teu filho!» e, logo em seguida, voltando-se ao discípulo amado, complementa «Eis aí tua mãe». Jesus Cristo, em sua bondade infinita, pouco antes de morrer, nos deixou uma mãe espiritual. Por isso, diz Santo Afonso de Ligório, não é por acaso que todos que possuem devoção à Santíssima Virgem Maria não conseguem chamá-la de outro modo senão de “mãe”.

Essa preciosa Mãe que nos foi entregue no calvário, nos ama tanto que pediu a Deus a nossa salvação desde o momento em que ela consentiu que o Verbo Eterno se fizesse seu Filho. Vendo a Santíssima Virgem o amor do Eterno Pai para com os homens, em querer seu Filho morto pela nossa salvação, e o amor do Filho em querer morrer por nós, Maria, consentiu, com toda Sua vontade, que seu filho morresse pela salvação da humanidade. Assim, quando Nosso Senhor disse à sua Mãe «mulher, eis aí teu filho» pode ser interpretado, conforme ensina Santo Afonso, como se o Salvador dissesse: Mulher, eis aí o homem que em consequência da oferta que tu fazes de minha vida pela sua salvação, já nasce para a graça; eu te declaro sua mãe. Maria é, portanto, nossa mãe.
Nossa Senhora Medianeira de Todas as
Graças.

É por meio dela que alcançamos as graças necessárias para nossa salvação. Foi no calvário, entre tantas dores, que a Mãe de Deus ofereceu seu Divino Filho a nós. Foi no calvário que nossa Santa Mãe nos gerou para a vida na graça. Depois do amor de Deus, pode existir amor maior que o de Maria? Diz Santo Afonso que se o amor que todas as mães têm aos filhos, todos os esposos às suas esposas, e todos os santos e anjos a seus devotos, se unissem em um só amor, não chegariam a igualar o amor que Maria tem a uma só alma. Felizes são aqueles que são filhos de Maria! E, como filhos, depositamos total confiança nela. Devemos ter uma esperança convicta de que nossa boa Mãe vai nos dar tudo que é necessário para nossa salvação.

Nossa Senhora é a estrela que devemos seguir para não afundarmos nas tempestades da vida. Confiando em nossa amabilíssima Mãe evitamos o naufrágio e chegamos ao seu Divino Filho, nosso Salvador. Durante a vida, continuamente estamos expostos às tentações pecaminosas que o demônio põe em nossos caminhos para perder nossas almas. Por muitas vezes nos encontramos em situações de tristeza ou desânimo, além de muitos pecados, como a inveja e o orgulho. Se, diante de uma tentação, buscarmos sozinhos enfrentar o pecado que o demônio nos apresenta, certamente perderemos essa luta, mas, se acompanhados de Nossa Mãe, que nos toma pela mão nas situações difíceis da vida, venceremos. Na luta contra a tentação, nossa principal arma é a devoção na Rainha dos Céus.
São Bernardo de Claraval com a Virgem Maria e
o menino Jesus.

É preciso invocá-la sempre e confiar que ela cuidará de nós. Nesse sentido, diz São Bernardo, em um belíssimo sermão: “Quando te assaltarem os ventos das tentações, quando vires aparecer os escolhos da desgraça, olha para a estrela, invoca a Maria. Se és sacudido pelas ondas do orgulho, da ambição, da maledicência, da inveja, olha a estrela, invoca Maria. Se a cólera, a avareza, as seduções carnais vierem sacudir a leve barca de tua alma, levanta os teus olhos, olha para Maria. Se, perturbado pela lembrança atroz de teus crimes, envergonhado pela vista da imundice de tua consciência, aterrorizado pela ameaça do juízo de Deus, começas a submergir no remoinho da tristeza e no abismo do desespero, pensa em Maria. Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca a Maria...”. A confiança em Nossa Senhora é nosso meio mais eficaz contra as tentações do mundo e contra as adversidades da vida.

A Virgem Maria, ao aparecer para o jovem Juan Diego em Guadalupe, nos ensina, dentre outras coisas, que devemos ter absoluta confiança em sua proteção. Disse nossa doce Mãe: “Escuta e entende bem, meu pequeno filho, que nada te assuste, que nada te aflija. Não deixes teu coração perturbado. Não temas esta ou qualquer outra enfermidade ou aflição. Não estou aqui, eu que sou tua Mãe? Não estás debaixo de minha proteção? Não sou a fonte de tua alegria? Não estás sob o manto, na cruz dos meus braços? O que mais podes querer? Que nenhuma outra coisa te perturbe ou aflija...”.
Nossa Senhora de Guadalupe, de-
clarada "Padroeira de Toda Amé-
ca" pelo Papa Pio XII.

O que mais podemos querer, tendo Maria por Mãe? Estando junto a Nossa Senhora, não há motivo para tristeza, desespero, desânimo, ou qualquer outra inclinação negativa. Junto da Santíssima Virgem estamos amparados, pois estamos com nossa Mãe, que nos conduz ao Céu.

Devemos, portanto, nos recomendar continuamente à Santíssima Virgem, para que ela nos tenha sempre sob sua proteção: “Sub tuum praesidium confugimos, sancta Dei Genitrix!” (Sob tua proteção nos refugiamos, ó santa Mãe de Deus). Também São Luís Maria Grignon de Montfort, em uma de suas canções, nos convida a cultivar a confiança em nossa Doce Mãe. Diz a canção de São Luís:


Eu coloco minha confiança,
Virgem, no vosso socorro;
Servir-me de defesa,
Cuidai dos meus dias;
E, quando minha última hora
Vier determinar minha sorte,
Obtenha que eu morra
Da mais santa morte.

Ah! Seja-me propícia
Antes de morrer,
Apaziguai sua justiça
Receio o sofrimento;
Mãe cheia de zelo,
Protegei vossa criança
Eu vos serei fiel
Até o último momento

Olhai correr minhas lágrimas,
Mãe do belo Amor
Ponde um fim aos meus medos
Neste lance mortal
Vinde romper minhas cadeias
Para me aproximar de vós
Amável soberana,
Que minha sorte será doce!

Santa Virgem Maria,
Asilo dos pecadores,
Tomai parte, eu vos suplico,
Aos meus reais temores:
Vós sois meu refúgio,
Vosso Filho é meu Rei,
Mas ele será meu juiz,
Intercedeis por mim.

Desejando-vos agradar
Ó Rainha do meu coração
Eu prometo nada fazer
Que fira vossa honra
Eu quero que, por homenagem,
Aqueles que me estão sujeitos
Em todos os lugares, de todas as idades
Sirvam a vossos interesses.

Vós sois Virgem Mãe,
Depois de Deus meu apoio;
Eu sei que ele é meu Pai,
Mas vós sois o meu forte:
Fazei que na glória,
Entre os bem-aventurados,
Eu cante a vitória
Do Monarca dos céus.

No reverso da Medalha Milagrosa,
vê-se unidos os Corações de Jesus
e Maria.
Coloquemos, portanto, toda nossa esperança no doce coração de Maria! Que ela cuide de todos nossos interesses, até o último momento de nossas vidas! Que nossos atos, ainda que miseráveis, sejam entregues às mãos de Deus pela Virgem Maria, que é pura misericórdia. Invoquemos sempre essa estrela de graça, para nos manter firmes na fé Católica, guiando-nos ao porto da Salvação! Que a Virgem Maria, nossa Soberana Mãe, nos guie para a vida eterna, para que possamos, juntos, cantar a vitória do Monarca dos Céus!

Doce Coração de Maria, sede nossa salvação!






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FONTE: Excertos de artigo, sob o mesmo título, de autoria de Rafael Acácio, obtido em "Maria, fonte de nossa confiança", MONTFORT Associação Cultural, http://www.montfort.org.br/bra/veritas/religiao/maria-fonte-de-nossa-confianca/ - Texto revisto por nós.

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