Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

segunda-feira, 30 de abril de 2018

A Virgem Imaculada e a Medalha Milagrosa


NOVENA EM HONRA DE SANTA LUÍSA DE MARILLAC, COFUNDADORA DA COMPANHIA DAS FILHAS DA CARIDADE E COPATRONA DO BLOG


NOTA IMPORTANTE: A Festa ou Celebração Litúrgica de Santa Luísa de Marillac era celebrada, anualmente, no dia 15 de Março, entretanto, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos da Santa Sé, após fazer um pedido para se rever o calendário litúrgico e para se pensar na mudança da festa de Santa Luísa de Marillac, uma vez que sempre caía na Quaresma, e é preferível não realizar festas durante esse tempo litúrgico, foi definida, então, a data de 9 de maio, o aniversário da beatificação de Santa Luísa, já que o aniversário da sua canonização também cai na Quaresma. Assim, a celebração da festa de Santa Luísa de Marillac passou (em 2016) para o dia 9 de maio.

EM NOME DO PAI DO FILHO E DO ESPIRITO SANTO AMÉM.
- Vinde, Espirito Santo, enchei os corações dos vossos fieis.
- E acendei neles o fogo do Vosso amor.
- Enviai, Senhor, o Vosso Espírito e tudo receberá vida.
- E renovareis a face da terra.
OREMOS: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fieis com a luzes do Espírito Santo, dai-nos que pelo mesmo Espírito a reta sabedoria e fazei-nos gozar de suas consolações. Por Jesus Cristo Senhor Nosso. AMÉM.

1. ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS: ATO DA PRESENÇA DE DEUS
Meu Senhor e meu Deus, creio que tu estás aqui, que me vês e que me ouves. Amo-te com profunda reverência. Peço-te perdão dos meus pecados e graças para fazer com frutos a nossa novena. Abençoa cada um de nós, as nossas famílias, os nossos amigos e o mundo. Amém!

2. ORAÇÃO FINAL PARA TODOS OS DIAS: ORAÇÃO A SANTA LUÍSA DE MARILLAC
Ó Deus, fonte e recompensa da caridade, por vosso Filho feito homem destes a vosso povo um novo mandamento de amor; a exemplo de Santa Luísa, concedei-nos agir sempre neste mundo com caridade, para sermos contados entre os eleitos do vosso Reino. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

PRIMEIRO DIA (30 DE ABRIL): SANTA LUÍSA DE MARILLAC E A SUA FAMÍLIA

Oração Inicial: Ato da Presença de Deus

Leitura do Primeiro Dia:

Santa Luísa nasceu no dia 12 de agosto de 1591, em Paris, numa família rica e nobre. Ela não conheceu sua mãe e ficou órfã de pai aos 12 anos, não tendo conhecido nunca a alegria e o amor de uma família.

Santa Luísa recebeu uma educação refinada e diversificada e desejou tornar-se religiosa. Não tendo sido aceita na congregação que procurou, seu tio e tutor decidiu casá-la com Antonio Le Gras com quem ela teve um filho e construiu um lar feliz. Entretanto, Luísa de Marillac ficou viúva após 12 anos de casamento e em situação financeira muito difícil. Seu filho sempre teve saúde frágil e lhe deu muitas preocupações na vida. Anos mais tarde ela escreverá: “Deus concedeu-me tantas graças, fazendo-me conhecer que sua santa vontade era que eu fosse a Ele pela cruz, que sua bondade quis dar-me desde meu nascimento, não me deixando quase nunca, em nenhuma fase de minha vida, sem ocasião de sofrimento”.

Breve pausa para meditação

Conclusão da Novena: Peçamos a Santa Luísa que interceda por todas as famílias, pelos órfãos e por todas as mulheres que lutam sozinhas para manter sua casa e educar seus filhos. (pode se acrescentar também os pedidos de graças pessoais/particulares)

Oração Final: Oração a Santa Luísa de Marillac
Antigo postal de Santa Luísa de Marillac

SEGUNDO DIA (01 DE MAIO): SANTA LUÍSA DE MARILLAC E A VONTADE DE DEUS

Oração Inicial: Ato da Presença de Deus (acima)

Leitura do Segundo Dia:

Santa Luísa conheceu São Vicente em 1625 e se tornou sua colaboradora na organização das Damas da Caridade. Em 1633 os dois fundaram a Companhia das Filhas da Caridade, em decorrência de sua nova missão, Santa Luísa desenvolveu o hábito de escrever. Através de suas cartas e de seus escritos, vamos conhecer sua espiritualidade.

Luísa de Marillac tinha certeza de que o melhor para sua vida era realizar a vontade de Deus, ainda que esta fosse exigente: “Deus não deixará de assistir-me quando me pedir algo acima de minha capacidade”.

Para anunciar aos homens o Amor divino, Jesus aceitou viver no meio dos homens, aceitou as críticas e reprovações quando suas atitudes não estavam de acordo com o ensinamento das autoridades religiosas de sua época. Para seguir Seu exemplo, Luísa lhe suplica: “Dai-me grande coragem e confiança para empreender tudo que me pedirdes”.

“Terei grande confiança em Deus e certeza de que sua graça me bastará para cumprir sua santa vontade, ainda que se apresente em coisa difícil. Honrarei também este mistério com uma fé viva e cheia de confiança de que se cumprirão em mim os desígnios de Deus, qualquer que seja o caminho por onde me conduza, desde que eu me deixe guiar”.

Breve pausa para meditação

Conclusão da Novena: Peçamos a Santa Luísa que nos ajude a descobrir e realizar a Vontade Amorosa de Deus para nossa vida. (pode-se acrescentar também os pedidos de graças pessoais/particulares)

Oração Final: Oração a Santa Luísa de Marillac (acima)

TERCEIRO DIA (02 DE MAIO): SANTA LUÍSA DE MARILLAC E O MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO

Oração Inicial: Ato da Presença de Deus (acima)

Leitura do Terceiro Dia:

Toda a reflexão de Luísa de Marillac sobre o pobre, todas as suas iniciativas para socorrer os rejeitados da sociedade de seu tempo emanam de sua contemplação do mistério da Encarnação que está no coração de sua espiritualidade: O amor de Deus para com os homens o levou a querer que seu Filho se fizesse homem, porque põe suas delícias em estar com os filhos dos homens. Ele se sujeitou à condição humana para lhes dar, através de sua vida humana sobre a terra, o testemunho de que Deus os amou desde toda a eternidade”.

Luísa de Marillac maravilha-se e sempre se maravilhará diante deste dom divino que é a Encarnação, no qual sempre descobrirá maneiras diferentes de se manifestar. Como teóloga competente, Luísa não ignora que: “A Encarnação do Filho de Deus é, segundo os desígnios divinos, desde toda a eternidade, para a Redenção do gênero humano”.

Santa Luísa não hesita em olhar o serviço corporal e espiritual dos pobres como um prolongamento da Redenção, porque permite àqueles que estão doentes, humilhados, derrotados e rejeitados a recuperação de sua plena dignidade de homens e de filhos de Deus: “Meu Senhor, verdadeiramente nos amais, pois sois um com vosso Pai que quis manifestar-nos seu amor, dando-nos seu Filho, Vós mesmo! Oh! Poder do amor!”

Breve pausa para meditação

Conclusão da Novena: Peçamos a Santa Luísa que nos ajude a enxergar o Filho de Deus no nosso próximo e, assim, amá-lo e respeitá-lo. (pode-se acrescentar também os pedidos de graças pessoais/particulares)

Oração Final: Oração a Santa Luísa de Marillac (acima)

QUARTO DIA (03 DE MAIO): SANTA LUÍSA DE MARILLAC E O SERVIÇO DOS POBRES

Oração Inicial: Ato da Presença de Deus (acima)

Leitura do Quarto Dia:

O serviço dos pobres realizado por Luísa de Marillac é a expressão de seu projeto de vida, de sua decisão de seguir Cristo, de manifestar a profunda misericórdia de Deus por todos aqueles que sofrem. É necessário unir o amor de Deus ao trabalho junto aos pobres: Ora, vedes uma quantidade de misérias que não podeis socorrer; Deus as vê também... Carregai, com o povo, seus sofrimentos, fazendo o possível para ajudá-lo em alguma coisa, e permanecei em paz.

Luísa se maravilha com a humildade de Jesus que se identifica com o mais pobre. Ele aceita permanecer no mundo e receber sinais de atenção e de compaixão, reconhecendo como feito a Ele mesmo o que será feito ao menor dos seus irmãos: Jesus nos ensinou a caridade para suprir a nossa incapacidade de prestar serviço a Sua pessoa.”

Todo serviço comporta exigências e encontra múltiplas dificuldades. A impossibilidade de levar conforto real àqueles que sofrem, torna-se um tormento. Entretanto, o importante é nunca desistir, pois a caridade é a capacidade inesgotável de atenção aos mais pobres da sociedade: “… renovar a coragem de servir a Deus e aos pobres com mais fervor, humildade e caridade, do que nunca.”

Breve pausa para meditação

Conclusão da Novena: Peçamos a Santa Luísa nos ajude a compreender e a viver o que Jesus disse: “O que fizestes ao menor dos meus irmãos foi a mim que o fizestes”. (pode-se acrescentar também os pedidos de graças pessoais/particulares)

Oração Final: Oração a Santa Luísa de Marillac (acima)

QUINTO DIA (04 DE MAIO): SANTA LUÍSA DE MARILLAC E O TRABALHAR JUNTOS

Oração Inicial: Ato da Presença de Deus (acima)

Leitura do Quinto Dia:

Para anunciar a Boa Nova ao mundo, Jesus não se dirigiu a um homem sozinho, mas escolheu um pequeno grupo de Apóstolos. Quando Vicente de Paulo começa o serviço dos pobres a domicílio, ele o faz com um grupo de mulheres. O trabalho em comum, ou em comunidades, requer que cada um dos membros contribua com o seu melhor. E para Santa Luísa o melhor modelo é a Santíssima Trindade: “Devemos, para assemelhar-nos à Santíssima Trindade, não ser mais que um coração e agir somente com um mesmo espírito, tal como as três Divinas Pessoas”.

Luísa de Marillac terá que intervir para regular o funcionamento do grupo, para facilitar as relações entre as diferentes pessoas. Se trabalhar em grupo numa missão requer uma partilha das realidades da vida, Luísa explica que ele exige também um trabalho interior de despojamento, de descentramento de si: Que saibamos, primeiramente, buscar a Deus e sua glória e, depois, o interesse das pessoas com as quais devemos trabalhar, para melhor servi-las segundo a disposição de seu espírito.”

Santa Luísa insiste também num outro aspecto do trabalho em conjunto: o respeito à diversidade. Os membros de um mesmo grupo, reunidos para uma obra comum são levados a reconhecer a personalidade um do outro e a respeitá-la. E mais uma vez, Luísa apresenta a Trindade como exemplo a ser seguido: “Honrem a unidade da divindade na diversidade das Pessoas da Santíssima Trindade”.

Breve pausa para meditação

Conclusão da Novena: Peçamos a Santa Luísa que nos ajude a viver e trabalhar com mais fraternidade e amor em nossas comunidades e paróquias. (pode-se acrescentar também os pedidos de graças pessoais/particulares)

Oração Final: Oração a Santa Luísa de Marillac (acima)

SEXTO DIA (05 DE MAIO): SANTA LUÍSA DE MARILLAC E A EUCARISTIA

Oração Inicial: Ato da Presença de Deus (acima)

Leitura do Sexto Dia:

Luísa de Marillac nos arrasta na sua admiração por esta extraordinária invenção da Eucaristia. Luísa intui que Deus quer revelar ao homem toda a profundidade do seu Amor e, para isso, usa diversos meios. A Encarnação já manifestava este profundo desejo de união e a Eucaristia o realiza de uma maneira ainda maior: O Filho de Deus não se contentou em assumir um corpo humano e habitar no meio dos homens, mas querendo unir inseparavelmente a natureza divina à natureza humana, realizou-a após a Encarnação, na admirável invenção do Santíssimo Sacramento do altar”.

Nas suas meditações sobre a Eucaristia, Luísa de Marillac reflete longamente sobre a comunhão, ação tão admirável e incompreensível para os sentidos humanos”. Receber o Corpo de Cristo é participar da Vida de Deus. O Cristo se dá como alimento para que o homem retire dele uma nova energia para realizar sua missão no mundo: “Como o alimento comunica suas qualidades ao corpo humano que o consome, assim a união de minha alma com Deus vai torná-la semelhante a Ele,... e me conduzir à imitação de sua vida santíssima”.

Para Luísa de Marillac, a recepção da santa comunhão é um momento excepcional no qual Jesus está realmente presente e, por isso, permanece atenta ao que Ele deseja realizar nela. Dando-se como alimento, Jesus deseja: “fazer-nos participantes de todas as ações de sua vida, levando-nos a entrar na prática de suas virtudes, e a tornar-nos semelhantes a Ele, por seu amor”.

Breve pausa para meditação

Conclusão da Novena: Peçamos a Santa Luísa sua intercessão a fim de prepararmos melhor nosso coração para receber a Eucaristia. (pode-se acrescentar também os pedidos de graças pessoais/particulares)

Oração Final: Oração a Santa Luísa de Marillac (acima)

SÉTIMO DIA (06 DE MAIO): SANTA LUÍSA DE MARILLAC E O ESPÍRITO SANTO

Oração Inicial: Ato da Presença de Deus (acima)

Leitura do Sétimo Dia:

Luísa de Marillac manifesta sempre uma afeição particular pela festa de Pentecostes: ela gosta de se lembrar das graças recebidas neste dia. Em 1623, a luz de Deus veio esclarecer a noite escura na qual ela se debatia há muito tempo em consequência da doença de seu marido e das interrogações sobre sua vocação: “As almas verdadeiramente pobres e desejosas de servir a Deus devem ter grande confiança em que o Espírito Santo, ao descer sobre elas e não encontrando nenhuma resistência, as disporá convenientemente para cumprir a Santíssima Vontade de Deus, que deve ser seu único desejo”.

Luísa de Marillac descobre todo o esplendor do dom do Espírito, e não quer usufruí-lo egoisticamente. Este dom tem em vista a glória de Deus. A presença do Espírito se traduz pelo “ardor do amor” e dá a força necessária para viver como verdadeiras pessoas de fé: Suplico à bondade de Nosso Senhor, que disponha nossas almas para receber o Espírito Santo e que, assim, inflamados no fogo de seu Amor, vos consumais na perfeição desse amor que vos fará amar a Santíssima Vontade de Deus”.

Luísa reconhece que é uma honra e uma felicidade para todo cristão ser chamado a testemunhar o Cristo morto e ressuscitado. Sua oração frequente ao Espírito Santo exprime sua profunda aspiração a acolher este fogo de Amor: Ainda vedes em mim algumas fraquezas quanto à afeição às criaturas: consumi-as, fogo ardente do divino Amor... Dignai-vos vir a mim e restabelecei as graças que me concedeu no santo Batismo... Divino Espírito, operai esta maravilha em pessoa tão indigna pela amorosa união que desde toda a eternidade tendes com o Pai e o Filho”.

Breve pausa para meditação

Conclusão da Novena: Peçamos a Santa Luísa interceda por nós a fim de que permaneçamos sempre abertos ao Espírito Santo e deixemo-nos guiar por suas inspirações. (pode-se acrescentar também os pedidos de graças pessoais/particulares)

Oração Final: Oração a Santa Luísa de Marillac (acima)

OITAVO DIA (07 DE MAIO): SANTA LUÍSA DE MARILLAC E A MISERICÓRDIA DE DEUS

Oração Inicial: Ato da Presença de Deus (acima)

Leitura do Oitavo Dia:

Durante a leitura e a meditação do Evangelho, Luísa de Marillac contempla o olhar do Cristo, pleno de ternura e de compaixão para todos que encontra. Todos os relatos evangélicos fazem-na perceber uma atitude de grande atenção à pessoa; a enfermidade e a desesperança são levadas em consideração. Ela descobre e compreende a misericórdia de Deus, o amor que vai ao encontro do outro no mais profundo do seu ser, e é capaz de mostrar confiança muito além do que o ser humano pode esperar: Nosso Senhor, faz transparecer um amor maior pela conversão dos pecadores. No seu encontro com a samaritana, o lugar, as palavras não respiram senão amor”.

Santa Luísa descobre e compreende a misericórdia de Deus, o amor que vai ao encontro do outro no mais profundo do seu ser, e é capaz de mostrar confiança muito além do que o ser humano pode esperar. Ela, que frequentemente se julga pobre e miserável, implora ao Senhor que exerça sua misericórdia: Vós quereis , ó meu Deus, ensinar-me o meio de receber vossa assistência às minhas necessidades (...) devo reconhecer a verdade de meu nada e de todas as minhas misérias para atrair a enormidade de vossa misericórdia”.

Pouco a pouco, uma evolução se opera nela. A descoberta da misericórdia de Deus tem conexão estreita com o reconhecimento do seu pecado. Entretanto, este reconhecimento não a perturba mais, porque ela acolhe a imensa bondade de Deus que, sem cessar, perdoa e chama ao amor. Humildemente, ela se propõe: Confiando na infinita misericórdia de meu Deus, eu me decido, de modo irrevogável, servi-Lo e amá-Lo com mais fidelidade”.

Breve pausa para meditação

Conclusão da Novena: Peçamos a Santa Luísa que nos ajude a reconhecermo-nos pecadores e experimentar, assim, a misericórdia infinita de Deus. (pode-se acrescentar também os pedidos de graças pessoais/particulares)

Oração Final: Oração a Santa Luísa de Marillac (acima)

NONO E ÚLTIMO DIA (08 DE MAIO): SANTA LUÍSA DE MARILLAC E MARIA, OBRA PRIMA DA CRIAÇÃO

Oração Inicial: Ato da Presença de Deus (acima)

Leitura do Nono Dia:

Quando Luísa de Marillac reza à mulher escolhida por Deus para ser a Mãe de seu Filho, todo o seu ser de mulher fica repleto de alegria e de admiração. Gosta de celebrar o nascimento do Cristo, os nove meses nos quais Maria carregou em seu seio o seu Deus. Ela conhece a união íntima que existe entre a criança e sua mãe, e deseja viver esta mesma união profunda com seu Deus: “Santíssima Virgem, recebei meus votos e súplicas junto com meu coração, que vos entrego todo inteiro, a fim de glorificar a Deus pela escolha que Sua bondade fez de vós para ser mãe de seu Filho”.

Saudando Maria como filha de Deus Pai, Luísa de Marillac pensa na relação filial de Jesus com seu Pai, relação marcada por uma total adesão à vontade de Deus. Luísa se apraz em glorificar Maria, em admirar sua adesão à vontade de Deus que lhe foi manifestada pelo anjo e depois pelos diversos acontecimentos de sua vida: “Sou toda vossa, Santíssima Virgem, para ser mais perfeitamente de Deus. Ensinai-me a imitar vossa santa vida, mediante o cumprimento do que Deus quer de mim. Com toda a humildade reclamo a vossa ajuda”.

Luísa reconhece e glorifica a importante missão de Maria para a realização da Encarnação. Ela sempre se maravilha diante daquela que ela nomeia a obra-prima de Deus: Por isso, com toda razão, a Virgem Maria deve ser honrada por toda criatura e, em especial pelos cristãos, já que é a única criatura isenta de imperfeições e sempre foi agradável a Deus, o que a faz ser a admiração de toda a Corte Celeste e o encanto de todos os homens”.

Breve pausa para meditação

Conclusão da Novena: Peçamos a Santa Luísa que, a seu exemplo, nós possamos amar e honrar a Mãe de Deus e imitar sua obediência a Deus. (pode-se acrescentar também os pedidos de graças pessoais/particulares)

Oração Final: Oração a Santa Luísa de Marillac (acima)




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FONTE: Orações e textos adaptados da “Novena das Horas a Santa Luísa de Marillac – Padroeira das Obras Sociais”, rezada no percurso de 9(nove) horas de viagem ao Santuário Nacional de Aparecida (Romaria Vicentina 2017), composta pelo Pe. Alexandre Nahass Franco,CM – Assessor Espiritual do CNB.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

A Virgem Imaculada e a Medalha Milagrosa


MEMÓRIA MENSAL DA REVELAÇÃO DA MEDALHA MILAGROSA

FAZEI CUNHAR UMA MEDALHA COMO ESTE MODELO


Segunda Aparição da Virgem Imaculada, em 27 de Novembro de 1830, na capela
da rue du Bac, 140, Paris: Revelação da Medalha Milagrosa
Era 27 de novembro de 1830, sábado véspera do Primeiro Domingo do Advento, Santa Catarina Labouré, que já havia sido contemplada com a maravilhosa visão da Santíssima Virgem no mês de julho, encontrava-se na Capela juntamente com outras Irmãs de Caridade, fazia-se um grande silêncio meditativo, quando, por mais uma vez, a Virgem Imaculada lhe aparece, e revela-lhe a missão para qual estava destinada: Fazei, fazei cunhar uma medalha com este modelo …

Vejamos como a própria Vidente relatou essa Aparição:
No dia 27 de novembro de 1830, que caiu no sábado antes do primeiro domingo do Advento, às cinco e meia da tarde, após o ponto da meditação, no grande silêncio, isto é, alguns minutos após o ponto da meditação, pareceu-me ouvir um ruído do lado da tribuna, ao lado do quadro de São José, como o roçar de um vestido de seda. Tendo olhado desse lado, vi a Santíssima Virgem à altura do quadro de São José. A Santíssima Virgem, de estatura média, estava de pé, vestida de branco, um vestido de seda branco-aurora feito à maneira que se chama 'a la Virgem', afogado, mangas lisas, com um véu branco que lhe cobria a cabeça e descia de cada lado até em baixo. Sob o véu, vi os cabelos lisos repartidos ao meio e por cima uma renda de mais ou menos três centímetros de altura, sem franzido, isto é, apoiada ligeiramente sobre os cabelos. O rosto bastante descoberto, bem descoberto mesmo, os pés apoiados sobre uma esfera, ou ao menos não me pareceu senão metade, e depois tendo uma esfera de ouro nas mãos, que representava o globo. Ela tinha as mãos elevadas à altura do estômago de uma maneira muito natural, os olhos elevados para o Céu… Aqui seu rosto era magnificamente belo. Eu não saberia descrevê-lo… E depois, de repente, percebi anéis nesses dedos, revestidos de pedras mais belas umas que as outras, umas maiores e outras menores, que despediam raios mais belos uns que os outros. Esses raios partiam das pedras maiores os mais belos raios, sempre alargando para baixo, o que enchia toda a parte de baixo. Eu não via mais seus pés … Nesse momento em que estava a contemplá-la, a Santíssima Virgem baixou os olhos, olhando-me. Uma Voz se fez ouvir, que me disse essas palavras:
'A esfera que vedes representa o mundo inteiro, particularmente a França… e cada pessoa em particular…'
Aqui não sei exprimir o que senti e o que vi; a beleza e o fulgor, os raios tão belos …

'É o símbolo das graças que derramo sobre as pessoas que mas pedem', fazendo-me compreender quanto era agradável rezar à Santíssima Virgem e quanto era generosa para com as pessoas que rezam a Ela, quantas graças concedia às pessoas que rezam a Ela, que alegria Ela sente concedendo-as… Nesse momento, eu era, ou não era, eu me regozijava, eu não sei… Formou-se um quadro em torno da Santíssima Virgem, um pouco oval, onde havia, no alto do quadro, estas palavras: 'Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós', escritas em letras de ouro. A inscrição, em semicírculo, começava à altura da mão direita, passava por cima da cabeça e acabava na altura da mão esquerda. O globo de ouro havia desaparecido sob o fulgor dos feixes luminosos, jorrando de todos os lados, as mãos se haviam inclinado e os braços permaneciam estendidos sob o pesos dos tesouros de graças obtidos. Então, uma voz se fez ouvir, que me disse: 'Fazei, fazei cunhar uma medalha com este modelo. Todas as pessoas que a usarem receberão grandes graças, trazendo-a ao pescoço. As graças serão abundantes para as pessoas que a usarem com confiança…' Nesse instante, o quadro me pareceu se voltar, onde vi o reverso da medalha. Preocupada de saber o que era preciso pôr do lado do reverso da medalha, após muitas orações, um dia, na meditação, pareceu-me ouvir uma voz que me dizia: 'O M e os dois corações dizem o suficiente'.1

Essa Medalha – inicialmente chamada de “Medalha da Imaculada Conceição” – em pouco tempo depois de cunhada e distribuída, transformou-se na Medalha Milagrosa, espalhando bênçãos de cura, conversão e inúmeras outras graças sobre todos aqueles que passaram a usá-la ao pescoço, com autêntica devoção, e até hoje – mais de 187 anos de sua revelação – é o mais autêntico símbolo do amor e das graças que a Virgem Imaculada dispensa sobre a humanidade pecadora. Os séculos mudaram, os anos passaram, porém continua tão atual como na época que foram cunhados primeiros exemplares, por volta de junho de 1832, pela Casa Vachette2.

Primeiras Medalhas Milagrosas, cunhadas pelo Atelier Vachette.
Foto ABIM
Concluamos com a oração de Súplica à Virgem Imaculada:
Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expor, durante esta novena (ou durante esta oração…), as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de se apresentar os pedidos das graças desejadas). Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este(s) favor(es) que confiantes vos solicitamos, para maior glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre verdadeiros cristãos. Amém.
Reza-se 3(três) Ave-Marias.
Repete-se 3(três) vezes a invocação: – Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

Por Maria a Jesus!

Sou todo teu, Maria.




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1 cf. Revista “Catolicismo nº 359”, Novembro de 1980, p. 5, artigo sob o título “Predições de Nossa Senhora a Santa Catarina Labouré” de A. A. Borelli Machado (os destaques são nossos).

2 cf. CASTRO, Pe. Jerônimo P. de. “Santa Catarina Labouré e a Medalha Milagrosa”, Editora Vozes, 1951, Cap. V, p. 122.