Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

sábado, 12 de agosto de 2017

Nossa Senhora é a Medianeira Universal ...

NOSSA SENHORA É A MEDIANEIRA UNIVERSAL DE TODAS AS GRAÇAS


«Estes raios são os símbolos das graças que eu derramo sobre as pessoas que m'as
pedem.
» Palavras que Santa Catarina Labouré ouviu como uma voz
interior, na 2ª Aparição, 27 de Novembro de 1830
Neste momento de aflições e de perigos, quando a humanidade inteira geme sob o peso de desditas que se multiplicam a cada momento, crescem nossas necessidades e mais prementes se tornam nossas preces. E, com isto, mais importante se torna que saibamos rezar bem. E poucas verdades da Fé concorrem de modo tão poderoso para valorizar nossas orações quanto a Mediação Universal de Maria, quando a estudamos seriamente e fazemos penetrar a fundo em nossa vida de piedade.

* * *

No que consiste essa verdade?

Ensina a Teologia que todas as graças que nos vêm de Deus passam sempre pelas mãos de Maria, de tal maneira que nada obtemos de Deus, se Maria não se associar à nossa oração, e todas as graças que recebemos, as devemos sempre à intercessão de Maria. Assim, a Mãe de Deus é o canal de todas as preces que chegam até seu Divino Filho, é o caminho de todas as graças que Este outorga aos homens.

Evidentemente, esta verdade supõe que, em todas as orações que fazemos, peçamos explicitamente a Nossa Senhora que nos apoie. Esta prática seria sumamente louvável.

Mas, ainda que não invoquemos declaradamente a intercessão de Nossa Senhora, podemos estar certos de que só seremos atendidos porque Ela reza conosco, e por nós.

Daí se infere uma conclusão sumamente consoladora. Se devêssemos confiar apenas em nossos méritos, como poderíamos confiar na eficácia de nossas preces? Conta-se que certa vez Nosso Senhor apresentou-se em uma visão a Santa Teresa de Jesus, trazendo nas mãos algumas uvas maravilhosas. Perguntou a Santa ao Divino Mestre o que significavam as uvas, e Ele respondeu que eram uma imagem da alma dela.

Olhou, então, a Santa, detidamente para as frutas e, à medida que as examinava, sua primeira impressão, que fora magnífica, se desfazia e dava lugar a uma impressão cada vez mais triste. Cheias de manchas e de defeitos, as uvas acabavam por parecer repugnantes à grande Santa. Compreendeu ela, então, o alto significado da visão. Mesmo as almas mais perfeitas têm manchas, quando atentamente examinadas. E quais as manchas que podem escapar despercebidas ao olhar penetrante de Deus? Por isto, tinha muita razão o salmista, quando exclamava: "Senhor, se atenderdes a nossas iniquidades, quem se sustentará em vossa presença?"

E se não há quem não apresente manchas aos olhos de Deus, quem pode esperar com plena segurança ser atendido em suas orações?

Por outro lado, Deus quer que nossas preces sejam confiantes. Não deseja Ele que nos apresentemos ante seu trono como escravos que se aproximam com medo de um temível Senhor, mas como filhos que se acercam de um Pai infinitamente generoso e bom. Essa confiança é mesmo uma das condições da eficácia de nossas preces. Mas, como teremos confiança se, olhando para nós, sentimos que nos faltam as razões de confiar? E se não temos confiança, como esperamos ser atendidos?

É das tristezas desta reflexão que nos arranca, triunfalmente, a doutrina da Mediação Universal de Maria.
Maria, Medianeira de Todas as Graças

De fato, nossos méritos são mínimos e nossas culpas grandes. Mas o que não podemos alcançar por nós, temos todo direito de esperar que as preces de Nossa Senhora alcancem.

E jamais devemos duvidar que Ela se associe a nossas preces, quando convenientes à maior glória de Deus e a nossa santificação, De fato, Nossa Senhora tem a cada um de nós um amor que só de modo imperfeito pode ser comparado ao amor que têm nossas mães terrenas. Diz-nos o Bem-aventurado Grignion de Montfort que Nossa Senhora tem ao mais desprezível e miserável dos homens um amor superior ao que resultaria da soma do amor de todas as mães do mundo a um filho único.

Nossa Mãe autêntica na ordem da graça, a cada um de nós Ela nos gerou para a vida eterna. E a Ela se aplica fielmente a frase que o Espírito Santo insculpiu na Escritura: ainda que teu Pai e tua Mãe te abandonassem, eu não me esqueceria de ti. É mais fácil sermos abandonados por nossos pais segundo a natureza, do que por nossa Mãe segundo a graça.
«Vinde ao pé deste altar; aqui, as graças
serão derramadas sobre todos aqueles
que as pedirem com confiança e fervor,
sobre grandes e pequenos.
» 1ª Aparição
a Santa Catarina Labouré, em 18 de julho
de 1830.
 

Assim, por mais miserável que sejamos, podemos com confiança apresentar a Deus nossas petições: sempre que forem apoiadas por Nossa Senhora, encontrarão um valor inestimável aos olhos de Deus, que certamente obterá para nós o favor pedido.

Convém que meditemos incessantemente sobre esta grande verdade. Católicos que somos, devemos enfrentar nesta vida as lutas comuns a todos os mortais e, além disto, as que decorrem do serviço de Deus. Mas, ainda que os horizontes pareçam prestes a verter sobre nós um novo dilúvio, ainda que os caminhos se cerrem diante de nós, os precipícios se abram, e a própria terra se abale debaixo de nossos pés, não percamos a confiança: Nossa Senhora superará todos os obstáculos que forem superiores a nossas forças. Enquanto esta confiança não desertar de nosso coração, a vitória será nossa, de nada valerão os ardis de nossos adversários: caminharemos sobre os áspides e basiliscos e calcaremos aos pés os leões e os dragões.







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FONTE: livro "De Maria Nunquam Satis ["Legionário", n. 455, 1/6/1941]", Coletânea Plinio Corrêa de Oliveira, Edições Queremos Deus!, 2015, excertos do Cap. A Medianeira Universal, p. 29 e 30 - O Título é nosso. 

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