Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

segunda-feira, 1 de abril de 2019


MARIA IMACULADA, NOSSA “CORREDENTORA”



Já tivemos oportunidade de mostrar aqui neste blog, por mais de uma vez, a riqueza simbólica da Medalha Milagrosa da Virgem Imaculada, inclusive transcrevendo artigos do Pe. René Laurentin, mariólogo de nosso tempo, que faz ver-se a Medalha Milagrosa como um verdadeiro “compêndio de mariologia”.

Hoje, já nos aproximando das celebrações da Semana Santa, quando, ao lado daquelas dedicadas à Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, também celebra-se também as dores e sofrimentos de Maria Santíssima, aos menos seus devotos, sendo muito comum a representação de seu Coração Imaculado transpassado por uma ou sete espadas (referência às suas Sete Dores).

A Medalha Milagrosa da Virgem Imaculada de 1830, em seu reverso, traz-nos expressa referência a esse momento tão crucial das vidas de Jesus e Maria, pois vê-se impresso ambos os Corações dolorosos de forma justaposta: ao lado do Coração Sacratíssimo de Jesus (coroado de espinhos, encimado pela cruz e transpassado pela lança, na cruz), temos o Coração doloroso de Maria (transpassado por uma espada).
Reverso da Medalha Milagrosa

Além dos Corações de Jesus e Maria, há a Cruz de nossa redenção, sobre um travessão (altar do sacrifício Eucarístico), ambos apoiados no M (monograma do nome de Maria).

Tais símbolos expressam, de uma maneira bem objetiva e inconfundível, a efetiva participação da Virgem Imaculada no plano salvífico de Deus: a Redenção do gênero humano, sua Corredenção.

Padre René Laurentin1, com seu peculiar magistério, descreve-nos toda a grandeza destes símbolos gravados no reverso da Medalha Milagrosa pelo Céu:

O anverso da Medalha mostra Maria como dispensadora de todas as graças; o reverso ensina outra verdade. Apresenta Maria unida a Jesus na aquisição da graça. Porque a Virgem não é só distribuidora de todas as graças. Com Cristo e no Calvário, é também a CORREDENTORA, adquirindo com seu Filho as graças que poderá distribuir.

A letra M leva encima a Cruz. Esta se apoia sobre Maria, está como que plantada n'Ela, por assim dizer. Pode ser que haja nesta uma alusão à Maternidade divina da Virgem. Porém, neste simbolismo está certamente afirmado que Jesus e Mara no constituem mais que UM na obra da Redenção.

Os dois Corações dolorosos de Jesus e Maria, justapostos, têm o mesmo significado. Não somente um mesmo amor, senão também um mesmo sangue que jorraram destes dois corações. O sangue que o Filho oferece sobre a Cruz, é o sangue que recebeu de sua Mãe e quando a lança do soldado transpassa o Coração de Jesus, é o sangue de Maria que correrá.

É, por outro ângulo, o que ensina o Vaticano II na Constituição dogmática sobre a Igreja (Lumem Gentium), no Capítulo VIII, Nro. 61: 'Maria foi associada à obra redentora de seu Filho a título absolutamente único... padecendo com seu Filho que morria na cruz, contribuiu com a obra do Salvador, uma cooperação absolutamente sem paradigma… a fim de restaurar a vida sobrenatural nas almas. Por isso é para nós, na ordem da graça, nossa Mãe.'

Certamente, Jesus sozinho, porque é Deus, podia ser o Redentor pleno e necessário, porém, quis que sua Mãe participasse, dependendo d'Ele de um modo secundário e não necessário e por uma graça merecida por Ele, no mistério da Redenção. Ao lado do novo Adão, Cristo, Maria é a nova Eva, que colaborou em nosso resgate, como a primeira Eva contribuiu com o primeiro Adão em nossa ruína.

E que não se diga que há aqui uma interpretação forçada do Vaticano II, e que no texto citado acima não se trata de CoRRedenção. A palavra sem dúvida não está (expressa), mas se encontra a realidade. E um mariólogo tão entendido como o Pe. Balic, presidente da Academia Pontifícia Mariana, não duvidou ao afirmar, no Primeiro Congresso Mundial de Teologia Pós-conciliar, ocorrido em Roma em fins de setembro de 1966, diante de 1200 teólogos e peritos, que o texto conciliar contém, com certeza, a afirmação da mediação e da CoRRedenção mariana, assim como ensina a Maternidade espiritual de Maria, em relação aos fieis, como jamais e em nenhuma parte, havia sido afirmada com tanto vigor.2

Portanto, aí está mais um símbolo de singular grandeza presente na Medalha Milagrosa, incitando-nos a uma terna e filial devoção aos Corações de Jesus e Maria, unidos na Encarnação e na Paixão do Senhor, nestas e em todas as demais circunstâncias de suas santas vidas, unidos por nossa Redenção.

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!

Coração doloroso e imaculado de Maria, sede a nossa salvação!

Sacratíssimo Coração de Jesus, nós confiamos em Vós!

Por Maria a Jesus!

Sou Todo Teu, Maria.





Hoje é dia da Novena Perpétua da Virgem Imaculada da Medalha Milagrosa. Reze conosco (Clique Aqui), ou acesse a coluna lateral à sua direita. 







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1 O Pe. René Laurentin foi um teórico francês, grande mariólogo de nossa época, tendo escrito diversas obras, e falecido em 10.09.2017.

2 http://www.misevi.org/docs_web/esp/art/mm_explicacion/mm_explicacion_total.htm – A tradução e adaptação para o português do Brasil é nossa.

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