VIRGEM IMACULADA: MÃE, MEDIANEIRA E CORREDENTORA
“… Nas
necessidades, Maria faz-se nossa intérprete, como uma mãe
para o seu filhinho doente. A criança sabe chorar, mas não sabe
exprimir-se. Tanto pode ser um alfinete a picá-lo, como a fome e a
doença. Então a mãe fala por aquele que não o sabe fazer. E do
mesmo modo que uma mãe conhece as necessidades do seu menino melhor
do que ele mesmo, assim Nossa Senhora compreende e conhece as nossas
lágrimas e preocupações melhor do que nós. Assim como uma criança
precisa do médico, assim Nossa Senhora sabe que nós necessitamos do
Seu Filho. Nosso Senhor é medianeiro entre nós e o Pai Celeste:
igualmente Nossa Senhora é medianeira entre nós e Jesus. Ela enche
as nossas talhas vazias, abastece-as com o elixir da vida, salva nas
nossas alegrias. Maria não é a nossa redenção: não caiamos no
absurdo. Assim como a mãe não é o médico, assim Maria não é o
Redentor; do mesmo modo porém que muitos de entre nós devem a
conservação da sua vida física à mãe terrena, assim devem a
conservação da sua vida espiritual à Mãe de todas as mães, a
Nossa Senhora.
Três
anos depois das bodas de Caná, já tudo se havia realizado. Chegara
a hora; o vinho transformara-se em sangue. Jesus operou os milagres e
os homens crucificaram-nO.
O
Senhor contempla da Cruz as duas criaturas que Lhe são mais queridas
sobre a terra: João e a Sua Santa Mãe. Ele retoma agora o tema de
Caná e dirige-se a Ela numa segunda Anunciação, com o mesmo título
que Lhe conferiu na festa das núpcias: "Mulher."
Com um movimento dos Seus olhos cheios de pó e da Sua Cabeça
coroada de espinhos, olha com ternura para Aquela que conscientemente
O instigou à Cruz e que agora está à sua direita, aos pés dele, e
diz-Lhe : "Este é Teu Filho." Depois dirige-se a
João e não o chama pelo nome, porque não fala somente ao filho de
Zebedeu, mas a todos nós, e diz: "Esta é tua Mãe."
Depois
de tantos anos, é esta a resposta às palavras misteriosas do
Evangelho da Encarnação: "deu à luz o Seu
primogênito." Quereria isto dizer que Nossa Senhora havia
concebido outros filhos? Decerto, mas não segundo a carne. Devia ter
outros filhos segundo o espírito: João é o Seu segundo filho;
Pedro, André, Tiago, terceiro, quarto, quinto e assim sucessivamente
até nós, milhões de milhões de filhos. Na alegria de Belém tinha
gerado o Seu Primogênito, Jesus. Na dor aos pés da Cruz, há de
agora gerar o Seu segundo filho e a nós todos, não por figura da
metáfora, mas em virtude das dores como de parto. Assim como uma mãe
não pode esquecer os filhos do seu seio, tampouco Ela pode esquecer
os filhos gerados em semelhante dor e agonia. Do mesmo modo que temos
uma mãe terrena que nos deu à luz através dos trabalhos da carne,
assim temos uma outra Mãe que nos leva a Jesus através dos
trabalhos do espírito. Estou certo de que nenhum de vós permitirá
que um preconceito nascido há umas centenas de anos o impeça de
aceitar a necessidade de ter como Mãe Aquela que o Senhor nos deu
aos pés da Cruz.
A
Ela vos recomendo, um a um. Que dos vossos lábios saia uma só e
essencial oração; de fazerdes a vontade de Deus para poderdes
cumprir o preceito de Caná: "Fazei o que Ele vos disser".
E terminemos com as palavras de Mary Dixon Thayer:
Senhora
tão formosa, e de azul vestida,
Ensinai-me
a rezar!
Se
Deus é o teu Filho, pois O deste à vida
Ensina-me
a maneira de como lhe falar!
Tiveste-O
sentadinho sobre os teus joelhos.
De
manhãzinha, à tarde e de noite também,
E
foste tu a dar-Lhe os primeiros conselhos
E
a contar-Lhe histórias, como a minha mãe.
De
noite, quantas vezes as Suas mãozinhas.
Nas
tuas descansaram em gesto de criança!
Não
quererás deixar-me descansar as minhas
A
Seus divinos pés, como penhor de esperança?
E
se Jesus quisesse ouvir minha oração?
Se
Ele escutasse atento o meu balbuciar?
Eu
quisera exprimir a voz do coração;
Mas,
ai, não sei rezar!
Confio
me darás, Senhora, o teu ensino,
Para
fazer do peito em prece o Seu altar.
Tu
que a Jesus conheces desde pequenino.
Ensina-me
a rezar!
Hoje
é dia da NOVENA PERPÉTUA A VIRGEM IMACULADA NOSSA SENHORA DA
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FONTE: livro Nossa Senhora, Fulton J. Sheen, Edições Paulinas,
1953, excertos do “Nossa Senhora da Redenção”, pp. 144-146 –
O título é nosso assim como os destaques. Texto revisto e
atualizado.
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