Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

segunda-feira, 25 de junho de 2018


SÃO VICENTE E SANTA LUÍSA DE MARILLAC, DOIS HERÓIS DA CARIDADE


São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac

Alguém se atreveu a dizer que a caridade tem um nome divino com dois sobrenomes humanos. O nome divino é Deus, porque Deus é caridade. Os dois sobrenomes humanos são: São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac. A frase, embora à primeira vista pareça ousada, tem, no entanto, como pano de fundo a realidade. O nome e sobrenome de uma pessoa a identificam em particular, mas juntos, são diferentes, são dois sinais de equivalência, são como dois símbolos da mesma realidade, o primeiro e o segundo nome nos trazem à memória a mesma ideia, porque são dois caminhos direcionados ao mesmo fim.

Deus é caridade, diz São João, e quem permanece na caridade se identifica com Deus. E com Deus, esses dois santos gloriosos se identificaram, cujo lema sempre foi a prática da caridade. São Vicente e Santa Luísa foram duas vidas paralelas que sempre perseguiram o mesmo ideal. É por isso que eles se parecem com duas flores que exalam as mesmas fragrâncias. É por isso, também, que seus próprios nomes simbolizam a mesma virtude da caridade, e são dois sobrenomes sinônimos, reivindicando para si mesmos a verdadeira virtude, que é sinônimo de Deus.

São Vicente e Santa Luísa eram como duas mãos de uma mesma pessoa, que impulsionadas pelo mesmo amor, realizaram o mesmo empreendimento. Esse empreendimento foi a Companhia da Caridade, e o amor que a inspirou, foi um amor todo divino, ou seja, aquele amor que na linguagem teológica se chama Espírito Santo. Existe um amor pagão, que funciona apenas por razões humanas naturais. Esse amor não é nem divino nem cristão, porque dispensa Deus, porque não funciona para Deus. Esse amor não é caridade. O pecado seria usar Deus como seu sobrenome, porque tal nome consistiria apenas num insulto, como um apelido. Esse não foi o amor com o qual nossos dois santos amavam. Eles beberam a caridade no próprio Deus. Por Deus, eles fizeram tudo o que podiam, e em Deus, eles foram inspirados em todos os seus negócios. Eles foram, então, digamos, sem desvios, duas chamas divinas com as quais Deus reacendeu o amor entre os homens; as duas mãos da Providência que amaram o mundo e o envolveram no manto de seda da caridade.

Portanto, o mundo inteiro, ciente desses benefícios, sempre os considerou como a silhueta de Deus, aclamando-os, elogiando-os e os abençoando, clamando, louvando e bendizendo a Deus.




_________________Frei Martín de Porres, OP (São Martín de Porres)







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