Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

A MEDALHA MILAGROSA E A CORREDENÇÃO DE MARIA



O anverso da Medalha mostra Maria como dispensadora de todas as graças; o reverso ensina outra verdade: apresenta Maria unida a Jesus na aquisição da graça. Porque a Virgem não é só distribuidora de todas as graças. Com Cristo no Calvário é também a CORREDENTORA, adquirindo com seu Filho as graças a serem distribuídas.

A letra M leva em cima a Cruz, e esta se apoia sobre Maria, como se estivesse plantada n'Ela, por assim dizer. Essa representação pode ser uma alusão à Maternidade divina da Virgem, mas, neste simbolismo está certamente afirmado que Jesus e Maria não constituem mais que UM na obra da Redenção.

Os dois Corações dolorosos de Jesus e Maria justapostos têm o mesmo significado. Não somente um mesmo amor, senão também um mesmo sangue foi derramado desses dois Corações. O sangue que o Filho oferece sobre a Cruz, é o sangue que recebeu de sua Mãe, e quando a lança do soldado traspassa o Coração de Jesus, é o sangue de Maria que correrá.

É também o que ensina o Vaticano II na Constituição Dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja, no Capítulo VIII, Nº. 61:

A Virgem Santíssima, predestinada para Mãe de Deus desde toda a eternidade simultaneamente com a encarnação do Verbo, por disposição da divina Providência foi na terra a nobre Mãe do divino Redentor, a Sua mais generosa cooperadora e a escrava humilde do Senhor.... padecendo com Ele quando agonizava na cruz, cooperou de modo singular... para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É por esta razão nossa mãe na ordem da graça."

Certamente, Jesus sozinho, porque é Deus, podia ser o Redentor pleno e necessário, porém, quis que sua Mãe participasse, vinculada a Ele de um modo secundário e não necessário e por uma graça merecida por Ele, no mistério da Redenção. Ao lado do novo Adão, Cristo, Maria é a nova Eva, que colaborou em nosso resgate, como a primeira Eva contribuiu com o primeiro Adão na nossa ruína.

E que não se diga que há aqui uma interpretação forçada do Vaticano II, e que no texto citado acima não se trata de Corredenção. A palavra, sem dúvida não está expressa dessa forma, mas, encontra-se na realidade de sua interpretação. Ademais, um mariólogo tão entendido como o Pe. Balic, presidente da Pontifícia Academia Mariana, não hesitou em afirmar, no Primeiro Congresso Mundial de Teologia Pós-Conciliar, ocorrido em Roma em fins de setembro de 1966, diante de 1200 teólogos e peritos, que o texto conciliar contém certamente a afirmação da mediação e da Corredenção mariana, assim como ensina a Maternidade espiritual de Maria em relação aos fies, como jamais e em nenhuma parte, havia sido afirmada com tanto vigor.

☆ ☆ ☆

Para encerrarmos esta postagem, reproduzo uma parte da oração feita por São João Paulo II na Capela da Medalha Milagrosa, em Paris no dia 31 de Maio de 1980, por ocasião de sua viagem apostólica a Paris e Lisieux:

Ave, Maria,
cheia de graça,
o Senhor é convosco
bendita sois vós entre as mulheres
bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
cheia de graça,
o Senhor é convosco
bendita sois vós entre as mulheres
bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus,
rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte.
Amém.
Ó Maria concebida sem pecado,
rogai por nós que recorremos a vós.
“...Bem-aventurada vós que acreditastes! O Poderoso fez por vós maravilhas! A maravilha da vossa maternidade divina! E em previsão dela, a maravilha da vossa Imaculada Conceição! A maravilha do vosso Fiat! Vós fostes associada tão intimamente a toda a obra da nossa Redenção, associada à cruz do nosso Salvador, o vosso Coração foi por isso trespassado, ao lado do Seu Coração. E agora, na glória do vosso Filho, vós não cessais de interceder por nós, pobres pecadores. Vós velais pela Igreja de que sois Mãe. Vós velais por cada um dos vossos filhos. Vós obtendes de Deus, para nós, todas estas graças, simbolizadas pelos raios de luz que irradiam das vossas mãos abertas. Apenas sob a condição de que nos atrevamos a pedir-vô-las, que nos aproximemos de vós com a confiança, a ousadia e a simplicidade duma criança assim que vós nos levais sem cessar a caminho do vosso divino Filho.”



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FONTES: 1. texto: Excerto do artigo do Padre René Laurentin, traduzido por nós para o português do Brasil, e obtido em http://www.misevi.org/docs_web/esp/art/mm_explicacion/mm_explicacion_total.htm; 2. oração: http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/speeches/1980/may/documents/hf_jp-ii_spe_19800531_medaglia-miracolosa.html

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