A
VIRGEM E O IMPÉRIO DE SATANÁS
(Uma
grave advertência!)
A Virgem Imaculada, vitoriosa sobre satanás |
Mas
ao longe na sombra, na lama, alguém surge, uiva de ódio, de raiva e
de despeito concentrado. Sente o calcanhar da mulher bendita lhe
calcar e esmagar a cabeça. Sente que é chegada a hora das grandes
lutas e removendo sua imundície tenta enlamear o manto cândido e
original de Maria. E não podendo Nela tocar, tenta mordê-la no
calcanhar, na pessoa daqueles que a seguem. Ó infame! Vede-o
atravessando o mundo, tentando, mentindo, blasfemando; ora sob uma
forma tão horrível como sua malícia, ora transformado em anjo de
luz, seduzindo, sob pretexto de piedade bem regulada, almas simples,
cândidas e inexperientes. E para atingir a este fim todos os meios
lhe são bons.
Derrama
o seu veneno nos vasos mais ricos e mais atraentes.
Fascina
e deslumbra os ambiciosos, exalta os orgulhosos, lisonjeia os fracos;
seduz os ignorantes e até mesmo tenta sob pretexto de ciência,
cegar àqueles que são destinados a serem a luz do mundo. Não é
esta a história do modernismo, tão justamente condenado por Pio X?
O
modernismo não é um simples erro de doutrina, é um verdadeiro
feixe de erros; é a heresia-mãe contendo no seu seio todas aos
heresias do passado e renovando-as sob uma forma nova, forma que se
diria ser como um último esforço do inferno contra a Igreja de
Jesus Cristo, que se chamou a “verdade”. Mas como Jesus Cristo é
um composto inefável de duas naturezas, a heresia, apesar de suas
mil formas diversas, ataca o Salvador em uma de suas naturezas. Mas
não notais logo o papel da Virgem-Mãe? Ela é o martelo que esmaga
a cabeça de um e de outro erro.
Que
coisa mais clara, mais forte e mais lógica que este simples
argumento?
Jesus
Cristo é homem desde que nasceu de uma Mãe.
Jesus
Cristo é Deus, por que nasceu de uma Virgem.
Jesus
Cristo é Deus e homem, visto que nasceu de uma Mãe – Virgem.
É
o raciocínio de Santo Inácio, discípulo de São João; discípulo
de São Justino, de Santo Irineu, de Tertuliano, de Clemente de
Alexandria, de Orígenes, etc.
Eis
aí porque se pode dizer que Maria exterminou todas as heresias. Esta
asserção é histórica e dogmaticamente verdadeira. É sempre a
realização das palavras dos primeiros dias:
Nossa Senhora do Apocalipse (Foto: blog Mons. João Clá Dias) |
“Eu
porei inimizade entre ti e a mulher. Ela te esmagará a cabeça”.
Visto
isto, admira que o demônio concentre todas as suas forças contra
essa Virgem bendita, que procure afastar dela as almas, que
falsifique as noções verdadeiras de uma sólida devoção para com
Ela?
Este
mesmo ataque contra o culto de Maria nos mostra logo a fraqueza de
Satanás diante desta Criatura bendita e o anúncio de salvação que
nós temos entre os braços de nossa Mãe.
Hoje
o culto de Maria está tão universalmente propagado e produz em toda
a parte frutos tão abundantes e tão visíveis de santidade que,
querer atacar seu edifício ou diminuir seu esplendor, seria um
trabalho inútil e uma obra condenada ao insucesso …
Não,
não, o demônio não conseguirá afastar as almas de Maria; não
lhes inspirará de não amar a Virgem; mas lhes inspirará que há
excesso na sua confiança, no seu amor, no seu entusiasmo por Ela.
Sugerir-lhes-á de ser mais moderado, de se conter no que ele chamará
a justa medida, a medida razoável. E principalmente nada de
entusiasmo. O entusiasmo é loucura; é preciso prestar a Maria o
culto que lhe é devido, mas não se afeiçoar assim a Ela, não se
apaixonar por Ela, para não amar mais à Ssma. Virgem do que ao
mesmo Deus.
Não
é verdade que esta linguagem é capaz de induzir ao erro as almas
mais simples? Há nestas palavras um veneno do inferno, mas tão
cuidadosamente encoberto sob as flores, que parece ser o suco natural
da planta.
Amai
a Maria, mas não a ameis demasiadamente; não ides muito longe, até
mesmo pode haver pecado em amar tanto a Ssma. Virgem, pois nós só
devemos amar a Deus de todo o nosso coração (proposição que ouvi
ensinar de viva voz e que refutei no mesmo instante.) Tais asserções
sob a forma da ortodoxia, além de sua importunidade, encerram um
veneno perigoso que, sob pretexto de moderar os fiéis no seu amor
para com Maria, envenena-o na sua origem, perturba as almas simples e
expele dos corações um dos elementos mais eficazes da santidade: o
transporte, a paixão, o entusiasmo pelo objeto de seu amor.
Eu
não quero retomar aqui uma a uma essas asserções; já as refutei
noutra ocasião.
(Ver
nossas obras: Porque amo Maria – Como amo a Maria – O segredo da
Vida de Intimidade com Maria e outras); contento-me de lhes opor a
verdade. Diante da luz de uma sã teologia elas cairão por si
mesmas. Façamos esta simples pergunta:
Maria
pode tolerar o erro no seu culto?
A
resposta nos fará compreender o ridículo e o perigo desses devotos
que o Bem-aventurado de Montfort1
qualificou de “devotos críticos”2.
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FONTE:
opúsculo, em formato PDF, “GRITO DE ALARME Ante um Insulto
Infernal Contra o Culto da Virgem Imaculada”, Pe. Júlio Maria de
Lombaerd, Cap. II, pp. 5-8, obtido do blog Alexandria Católica – A
observação entre parênteses é nossa.
_______________
1 São
Luís Maria Grignion de Montfort é tratado no texto como Beato”,
porém, foi canonizado pelo Papa Pio XII, em 20.07.1947.
2
“Os devotos críticos são, ordinariamente, sábios orgulhosos,
espíritos fortes e que se bastam a si mesmos. No fundo têm alguma
devoção à Santíssima Virgem Maria, mas criticam quase todas as
práticas de devoção que as almas simples tributam singela e
santamente a esta boa Mãe, porque não condizem com a sua fantasia.
Põem em dúvida todos os milagres e narrações referidas por
autores dignos de crédito ou tiradas das crônicas de ordens
religiosas, e que testemunham as misericórdias e o poder da
Santíssima Virgem. Veem com desgosto pessoas simples e humildes
ajoelhadas diante de um altar ou imagem da Virgem, talvez no recanto
duma rua, para aí rezar a Deus. Acusam-nas até mesmo de idolatria,
como se estivessem a adorar madeira ou pedra. Dizem que, quanto a
si, não gostam dessas devoções exteriores, e que não são tão
fracos de espírito que vão acreditar em tantos contos e
historietas que correm a respeito da Santíssima Virgem. Quando lhes
referem os louvores admiráveis que os Santos Padres tecem a Nossa
Senhora, ou respondem que isso é exagero, ou explicam erradamente
as suas palavras. Esta espécie de falsos devotos e de gente
orgulhosa e mundana é muito para temer, e causam imenso mal à
Devoção a Nossa Senhora, afastando eficazmente dela o povo, sob o
pretexto de destruir abusos.” - cf. “Tratado da Verdadeira
Devoção à Santíssima Virgem Maria”, S. Luís Maria Grignion de
Montfort, Artigo Primeiro: “Sinais da Falsa e da Verdadeira
Devoção à Santíssima Virgem Maria”, I, n. 93.
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