Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

segunda-feira, 10 de setembro de 2018


A VIRGEM E O IMPÉRIO DE SATANÁS
(Uma grave advertência!)


A Virgem Imaculada, vitoriosa sobre satanás

Mas ao longe na sombra, na lama, alguém surge, uiva de ódio, de raiva e de despeito concentrado. Sente o calcanhar da mulher bendita lhe calcar e esmagar a cabeça. Sente que é chegada a hora das grandes lutas e removendo sua imundície tenta enlamear o manto cândido e original de Maria. E não podendo Nela tocar, tenta mordê-la no calcanhar, na pessoa daqueles que a seguem. Ó infame! Vede-o atravessando o mundo, tentando, mentindo, blasfemando; ora sob uma forma tão horrível como sua malícia, ora transformado em anjo de luz, seduzindo, sob pretexto de piedade bem regulada, almas simples, cândidas e inexperientes. E para atingir a este fim todos os meios lhe são bons.

Derrama o seu veneno nos vasos mais ricos e mais atraentes.

Fascina e deslumbra os ambiciosos, exalta os orgulhosos, lisonjeia os fracos; seduz os ignorantes e até mesmo tenta sob pretexto de ciência, cegar àqueles que são destinados a serem a luz do mundo. Não é esta a história do modernismo, tão justamente condenado por Pio X?

O modernismo não é um simples erro de doutrina, é um verdadeiro feixe de erros; é a heresia-mãe contendo no seu seio todas aos heresias do passado e renovando-as sob uma forma nova, forma que se diria ser como um último esforço do inferno contra a Igreja de Jesus Cristo, que se chamou a “verdade”. Mas como Jesus Cristo é um composto inefável de duas naturezas, a heresia, apesar de suas mil formas diversas, ataca o Salvador em uma de suas naturezas. Mas não notais logo o papel da Virgem-Mãe? Ela é o martelo que esmaga a cabeça de um e de outro erro.

Que coisa mais clara, mais forte e mais lógica que este simples argumento?

Jesus Cristo é homem desde que nasceu de uma Mãe.

Jesus Cristo é Deus, por que nasceu de uma Virgem.

Jesus Cristo é Deus e homem, visto que nasceu de uma Mãe – Virgem.

É o raciocínio de Santo Inácio, discípulo de São João; discípulo de São Justino, de Santo Irineu, de Tertuliano, de Clemente de Alexandria, de Orígenes, etc.

Eis aí porque se pode dizer que Maria exterminou todas as heresias. Esta asserção é histórica e dogmaticamente verdadeira. É sempre a realização das palavras dos primeiros dias:
Nossa Senhora do Apocalipse
(Foto: blog Mons. João Clá Dias)

Eu porei inimizade entre ti e a mulher. Ela te esmagará a cabeça.

Visto isto, admira que o demônio concentre todas as suas forças contra essa Virgem bendita, que procure afastar dela as almas, que falsifique as noções verdadeiras de uma sólida devoção para com Ela?

Este mesmo ataque contra o culto de Maria nos mostra logo a fraqueza de Satanás diante desta Criatura bendita e o anúncio de salvação que nós temos entre os braços de nossa Mãe.

Hoje o culto de Maria está tão universalmente propagado e produz em toda a parte frutos tão abundantes e tão visíveis de santidade que, querer atacar seu edifício ou diminuir seu esplendor, seria um trabalho inútil e uma obra condenada ao insucesso …

Não, não, o demônio não conseguirá afastar as almas de Maria; não lhes inspirará de não amar a Virgem; mas lhes inspirará que há excesso na sua confiança, no seu amor, no seu entusiasmo por Ela. Sugerir-lhes-á de ser mais moderado, de se conter no que ele chamará a justa medida, a medida razoável. E principalmente nada de entusiasmo. O entusiasmo é loucura; é preciso prestar a Maria o culto que lhe é devido, mas não se afeiçoar assim a Ela, não se apaixonar por Ela, para não amar mais à Ssma. Virgem do que ao mesmo Deus.

Não é verdade que esta linguagem é capaz de induzir ao erro as almas mais simples? Há nestas palavras um veneno do inferno, mas tão cuidadosamente encoberto sob as flores, que parece ser o suco natural da planta.

Amai a Maria, mas não a ameis demasiadamente; não ides muito longe, até mesmo pode haver pecado em amar tanto a Ssma. Virgem, pois nós só devemos amar a Deus de todo o nosso coração (proposição que ouvi ensinar de viva voz e que refutei no mesmo instante.) Tais asserções sob a forma da ortodoxia, além de sua importunidade, encerram um veneno perigoso que, sob pretexto de moderar os fiéis no seu amor para com Maria, envenena-o na sua origem, perturba as almas simples e expele dos corações um dos elementos mais eficazes da santidade: o transporte, a paixão, o entusiasmo pelo objeto de seu amor.

Eu não quero retomar aqui uma a uma essas asserções; já as refutei noutra ocasião.

(Ver nossas obras: Porque amo Maria – Como amo a Maria – O segredo da Vida de Intimidade com Maria e outras); contento-me de lhes opor a verdade. Diante da luz de uma sã teologia elas cairão por si mesmas. Façamos esta simples pergunta:

Maria pode tolerar o erro no seu culto?

A resposta nos fará compreender o ridículo e o perigo desses devotos que o Bem-aventurado de Montfort1 qualificou de “devotos críticos”2.





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FONTE: opúsculo, em formato PDF, “GRITO DE ALARME Ante um Insulto Infernal Contra o Culto da Virgem Imaculada”, Pe. Júlio Maria de Lombaerd, Cap. II, pp. 5-8, obtido do blog Alexandria Católica – A observação entre parênteses é nossa.

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1 São Luís Maria Grignion de Montfort é tratado no texto como Beato”, porém, foi canonizado pelo Papa Pio XII, em 20.07.1947.

2 “Os devotos críticos são, ordinariamente, sábios orgulhosos, espíritos fortes e que se bastam a si mesmos. No fundo têm alguma devoção à Santíssima Virgem Maria, mas criticam quase todas as práticas de devoção que as almas simples tributam singela e santamente a esta boa Mãe, porque não condizem com a sua fantasia. Põem em dúvida todos os milagres e narrações referidas por autores dignos de crédito ou tiradas das crônicas de ordens religiosas, e que testemunham as misericórdias e o poder da Santíssima Virgem. Veem com desgosto pessoas simples e humildes ajoelhadas diante de um altar ou imagem da Virgem, talvez no recanto duma rua, para aí rezar a Deus. Acusam-nas até mesmo de idolatria, como se estivessem a adorar madeira ou pedra. Dizem que, quanto a si, não gostam dessas devoções exteriores, e que não são tão fracos de espírito que vão acreditar em tantos contos e historietas que correm a respeito da Santíssima Virgem. Quando lhes referem os louvores admiráveis que os Santos Padres tecem a Nossa Senhora, ou respondem que isso é exagero, ou explicam erradamente as suas palavras. Esta espécie de falsos devotos e de gente orgulhosa e mundana é muito para temer, e causam imenso mal à Devoção a Nossa Senhora, afastando eficazmente dela o povo, sob o pretexto de destruir abusos.” - cf. “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria”, S. Luís Maria Grignion de Montfort, Artigo Primeiro: “Sinais da Falsa e da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria”, I, n. 93.

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