Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

A GLORIFICAÇÃO DE MARIA SANTÍSSIMA


Escolhida por Deus para dar à luz o Redentor do mundo, a fim de cooperar com Ele na Obra da redenção do gênero humano e tornar-se a Dispensadora de todas as graças, que tesouros de santidade não lhe deviam ser dispensados; pois se Deus é bom e rico para todos, quão inefavelmente rico e bom devia ser para a Santíssima Virgem Maria! Dai aquela plenitude de graça que desde toda eternidade estava reservada para a futura Mãe de Jesus, como o Arcanjo Gabriel testemunhou clara e expressamente no dia da Anunciação, dizendo-Lhe: «Ave, cheia de graça; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres».

É opinião comum até que a graça de Nossa Senhora no primeiro instante de sua existência já era maior que a de qualquer um dos Santos no último momento de sua vida, de sorte que onde termina a virtude dos outros, começa a santidade da Virgem. Por isso chamou São João Damasceno a Maria Santíssima um Abismo imenso de graça.

Três fatores, porém, concorreram de modo particular para a santidade da excelsa Mãe de Deus. Antes de tudo a ausência completa de qualquer pecado, tanto original como mortal e venial. Em Maria Santíssima nem sombra da mínima imperfeição. É Ela a fonte mais cristalina de pureza que se possa imaginar; o Espelho mais perfeito do Divino Coração de Jesus; o Jardim de delícias do próprio Deus, no qual o mais leve sopro do mal nunca podia entrar. Compreende-se, pois, porque os céus e a terra encontram-se no canto uníssono: Sois toda bela, ó Maria, sois toda bela e nenhuma mancha há em Vós!


Outro fator que contribuiu extraordinariamente para a santidade de Nossa Senhora era sua perfeitíssima cooperação com as inspirações do céu. Jamais houve alguém que tão fielmente correspondesse às graças de Deus como a Santíssima Virgem Maria. Mas se no primeiro instante de sua existência (o de sua Imaculada Conceição) Ela já era cheia de graça – graça essa que ia crescendo de momento em momento – qual a criatura capaz de sondar o oceano insondável da virtude e santidade da Virgem, quando chegado ao termo de sua vida terrestre! Aqui vem a propósito sua própria exclamação: «O Todo-poderoso fez grandes coisas em Mim»!

Terceiro fator que cooperou indizivelmente para a santidade da Virgem Maria era a nova e superabundante efusão de graças e bênçãos divinas nos momentos em que Ela foi chamada para certas funções especiais. É o que se deu quando Nossa Senhora tornou-se Mãe de Jesus na casa de Nazaré; é o que se repetiu quando se tornou Corredentora do mundo no monte Calvário; é o que aconteceu mais uma vez, quando tornou-se Mestra da Igreja Católica no dia da descida do Divino Espírito Santo no cenáculo: Vinde e escutai todos os que temeis a Deus, pois quero narrar-vos quantas coisas maravilhosas Ele operou na minha alma.


Segue-se agora a conclusão. Se a glória dos Santos depois da morte é proporcional ao grau de santidade que atingiram em vida, quão inconcebível, quão vertiginosamente magnífica não será a glorificação daquela que excedeu a todos os Bem-aventurados em virtude e perfeição; daquela que é a Rainha de todos os Santos, a Mãe de Jesus! Se os olhos não viram e ouvidos não ouviram e coração humano jamais imaginou o que Deus preparou para os seus fieis servos, que é que não terá reservado para sua própria Mãe, Santuário vivo da Santidade eterna e infinita! Dai que a Santa Igreja na festa da Assunção de Nossa Senhora em corpo e alma ao paraíso celeste e da sua Coroação pela Santíssima Trindade não cabe em si de alegria e júbilo, e exulta extasiadamente: Maria foi elevada ao céu; os Anjos regozijam-se, louvando e bendizendo ao Senhor!

Unamos como convém a bons católicos, os nossos sentimentos ao da Santa Madre Igreja. Felicitemos a Santíssima Virgem Maria pela glória com que Deus A coroou, pedindo-Lhe ao mesmo tempo santifiquemos cada vez mais a nossa alma, a fim de chagarmos também, e sob a proteção de Rainha e Mãe, às alegrias e recompensas que nunca acabam.

AMÉM.





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FONTE: MEERE, Pe. Carlos de, C.SS.R. “Maria Santíssima Título Pensamentos Fatos”, Editora Angélica, 2ª edição/1958, Títulos/Nossa Senhora da Glória (excertos), pp. 13-16. O título é nosso e o texto foi revisto e atualizado por nós.

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