Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

segunda-feira, 14 de outubro de 2019


SANTA CATARINA LABOURÉ: A DEVOÇÃO À VIRGEM IMACULADA E A ORAÇÃO DO TERÇO




A devoção [de Santa Catarina] pela Mãe de Jesus era tal que não há expressão para defini-la. 'Quando falava sobre a Virgem Maria, perdia a calma e animava-se, deixando transparecer a viva luz dos olhos', diz uma testemunha. Uma Irmã de Reuilly depôs: 'Lembro-me bem que ela rezava o Terço com tanta piedade, pronunciando cada palavra com pausa, que cada uma de nós gostava de rezar com ela o seu rosário.'1

Tinha tanto afeto à piedosa recitação do Terço que, ao morrer, disse à Superiora: 'Sobretudo fazei rezar bem o Terço.' Esta palavra foi como o seu testamento.

As estátuas de Nossa Senhora excitavam-lhe o fervor: parava par olhar e rezar. Na alameda ajardinada, que liga a casa de Reuilly à de Enghien, há uma estátua da Imaculada Conceição. Cada vez que passava por esse lugar, a piedosa Irmã detinha-se para contemplar Maria Santíssima. As meninas e moças da casa escondiam-se entre as ramagens para ver como a edificante Irmã rezava: 'Parecia dirigir-se a uma pessoa viva', diz Padre Meugniot2.

A estátua na Alameda entre a Casa de
Reuilly e a de Enghien

Diante dessa mesma estátua, uma Irmã a percebeu: de pé, com os braços abertos , parecia em êxtase3.

E ainda um fato, relatado no Processo, pelo menos por quinze testemunhas: 'Todos os anos, a 8 de Dezembro, acontecia-lhe um acidente doloroso. Nesse dia, certa vez, ao subir na carruagem, para ir rezar na Casa-Mãe, diante do altar das aparições, caiu e quebrou o punho. Ao seu regresso, uma Irmã lhe disse em tom de gracejo: ''Como Nossa Senhora lhe permitiu este acidente penoso?'' – ''Ela envia-me sempre no dia de sua festa, um ramalhete desse gênero'', respondeu olhando para o céu.

A confiança em Maria Santíssima conservava-a serena e impávida mesmo nos momentos de grande pavor. Em 1864, houve um grande incêndio na fábrica de papel, junto da capela; as chamas, tangidas pelo vento, lambiam os muros da casa de Reuilly. O incêndio da casa parecia certo. Da rua, os populares gritavam: 'As Irmãs vão ser queimadas!' Todas pensavam em fugir do perigo.

Mas a Irmã Catarina, depois de acalmar seus velhos, vem mancando par Reuilly, rezando o Terço tranquilamente, e diz às Irmãs: 'Acalmai-vos minhas Irmãs. A Santíssima Virgem está tomando conta da casa. Não vos acontecerá nenhum mal. Aquietai-vos, portanto.' E como a Vidente afirmou, assim aconteceu. O incêndio reduziu a cinzas a fábrica de papel, mas a casa de Reuilly ficou incólume.”

Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS.




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1 Sum. do Processo, Irmã Tamguy, p. 226.

2 Idem, p. 247

3 Idem, p. 235 (Citados por L. Misermont)






FONTE: livro Santa Catarina Labouré e a Medalha Milagrosa, Pe. Jerônimo P. de Castro, CM, Editora Vozes, 1951, Cap. VII, pp. 190-192. Texto revisto e atualizado, com alguns destaques nossos.

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