A VIRGEM NOS ENTREGA A MEDALHA PARA QUE PENSEMOS NELA

Ó Maria  concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!
(1ª Aparição da Virgem Imaculada a Santa Catarina Labouré)

Pensar é exigência do amor: «Pensa em mim»

A Medalha [Milagrosa] nos faz PENSAR NA VIRGEM.

Pensar na Virgem nos leva, necessariamente, a PENSAR EM JESUS CRISTO, e por Jesus Cristo em DEUS, e em nossa salvação eterna. A razão última da Medalha é PENSAR na Virgem, pensar em Jesus Cristo, pensar em Deus, pensar na sua Igreja. São elos de uma mesma cadeia.

Pensar na Virgem para amá-la. O amor nos leva a recordarmos frequentemente da pessoa amada.

Pensar na Virgem, para bendizê-la … «Chamar-me-ão bem-aventurada todas as gerações» (Lc 1, 48).

Pensar na Virgem, para invocá-la. «Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós», escreveu a própria Virgem Maria na Medalha.

Pensar na Virgem, para imitá-la. Maria é a vivência mais perfeita do Evangelho de Jesus.

Pensar na Virgem para anunciá-la aos demais.

Maria nas bodas de Caná

A Virgem é parte importante do Evangelho. Anunciar a Virgem, é anunciar o Evangelho. Só pelo Evangelho podemos chegar ao conhecimento de sua pessoa, sua história, os mistérios, as virtudes, a missão e a união de Maria a Cristo, seu Filho.

Pensar na Virgem com boa vontade significa ACEITAR A PESSOA E A MISSÃO que Deus nos envia.

Pensar na Virgem não é pouca coisa, ou coisa de pequeno valor. Não é coisa desprezível pensar em uma mãe. A Virgem é nossa Mãe e a Mãe de Deus. Deus pensou na Virgem antes dos séculos (Ef 1, 4). Jesus Cristo, Verbo Encarnado, passou 30 anos de sua vida mortal comunicando-se diariamente com Maria, na pequena provação de Nazaré.

Fazer-nos PENSAR na Virgem, é o primeiro fruto da Medalha Milagrosa, e é o primeiro ato de VONTADE da Virgem.

POR QUE A VIRGEM QUER QUE PENSEMOS NELA?

É tão importante ao cristão pensar na Virgem Maria?

A Medalha nos fala de uma Mulher, Maria, Virgem e Mãe.

A Virgem Maria por ser Mãe, tem uma íntima relação com Jesus Cristo, que é seu Filho.

Tudo que a Virgem Maria é, o é por Jesus Cristo. O encontro com Maria nos leva ao encontro com Jesus.

4ª Estação da Via-Sacra: Encontro de Maria com Jesus a
caminho do Calvário
(Foto: Icatolica.com) 

Pensar na Virgem nos leva necessariamente a PENSAR em Jesus Cristo. A Virgem Maria está unida a Jesus Cristo na mente divina antes dos séculos (Ef 1, 4). «A Santíssima Virgem – ensina o Concílio Vaticano II – , predestinada  desde a eternidade como Mãe de Deus, juntamente com a Encarnação do Verbo, por disposição da Divina Providência, foi na terra Mãe excelsa do divino Redentor, generosa companheira dentre todas as demais criaturas, e humilde escrava do Senhor. Concebendo a Cristo, gerando-lhe, alimentando-lhe, apresentando-o ao Pai no Templo, padecendo com seu Filho, quando morria na cruz, cooperando de forma inteiramente singular na obra do Salvador com a obediência, a fé, a esperança e a ardente caridade com o fim de restaurar a vida sobrenatural das almas.» (LG 61)

São Mateus expressa em seu Evangelho a íntima união entre Jesus e Maria com este pensamento: «José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado o Cristo» (Mt 1, 16).

Pensar e rezar à Virgem, Mãe de Deus, é um meio insuperável de catequese e de conversão a Deus. O Apóstolo Paulo, na Carta aos Gálatas, escreve: «Ao chegar a plenitude dos tempos enviou Deus o seu Filho, nascido de uma Mulher … a fim de recebermos a adoção de filhos» (Gal 4, 4),

O Espírito Santo uniu, numa mesma bênção, os nomes de Jesus e de Maria: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.» (Lc 1, 42). O Papa Paulo VI, manifestou sentir um gozo especial quando rezava a Ave Maria, pois se bendiz juntamente os nomes de Jesus e da Mãe. É, no dizer dele, uma das riquezas da Ave Maria.

Anunciação do Anjo

Jesus nasce em Belém, e nasce da Virgem Maria.

Jesus vive em Nazaré, e vive com sua Mãe, a Virgem Maria.

Jesus morre na cruz como Redentor da humanidade e morre em sua natureza humana, a mesma que recebeu da Virgem Maria.

Este grande Mistério da Maternidade Divina de Maria está expressado na cruz da Medalha. No reverso aparece a CRUZ, que se eleva e se apoia na letra M. As raízes da árvore da salvação, a Cruz, fundamentam e alimentam-se de Maria.

Para o cristianismo, a Cruz representa a Pessoa e a Obra salvífica de Jesus Cristo. A Cruz significa a realização da obra de Jesus Cristo.

A Cruz unida à Ressurreição forma o Mistério Pascal. Cruz e Ressurreição constituem nossa Redenção (Lc 24, 26).

Para quem tem fé, a Virgem Maria e Jesus Cristo estão íntima e inseparavelmente unidos por VONTADE do Pai.

Não é possível crer plenamente em Jesus Cristo sem crer em Maria, Mãe de Jesus Cristo.

Jesus Cristo tem uma relação íntima:

– com o Pai, Deus: é o Filho eterno do Pai (Jo 1, 1);

– com a Virgem Maria: é o seu Filho, e o será por todos os séculos. (Mt 1, 16; Lc 1, 31; 2, 7; Gal 4, 4)

Pecado contra a Verdade revelada por Deus é negar que Jesus Cristo é o Filho de Deus vivo, e que é Filho da Virgem Maria. Tudo isto é por VONTADE DE DEUS (Ef 1, 9).

Reverso da Medalha Milagrosa

Quem não compreende, quem não aceita a vontade divina a respeito de Maria, não compreenderá nenhuma prerrogativa, nenhum privilégio, nenhum mistério, nem sequer a existência da Virgem Maria. Toda criatura que existe, existe por vontade do Criador.

Quanto é e tem Maria, é por vontade de Deus (L.G. 60). E quem pode perguntar a Deus: «Quem conheceu a mente do Senhor? Quem foi seu conselheiro?» (Rm 11, 33-35)

A Encarnação do Verbo de Deus, o que Deus tomou de nossa carne, é a maior obra do poder, da bondade e da sabedoria de Deus; e é a maior de todas as graças e privilégios concedidos a Maria. E tudo quanto Deus concedeu a Maria, o fez pelos méritos de Jesus Cristo, e em atenção a que estava destinada a ser sua Mãe. Assim expressa a Igreja na oração da Festa da Imaculada.

A Virgem Maria não é Deus.

A Virgem Maria não é igual a Deus.

A Virgem Maria não é independente de Deus.

A Virgem Maria é a Mãe de Deus.

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FONTE: opúsculo “La Virgen Maria En La Medalla Milagrosa”, Miguel Gómez,C.M., Sevilla - Editorial Apostolado Mariano (www.apostoladomariano.com), 1980, Segunda Parte, pp. 30-38 – Texto traduzido e adaptado por nós para o português do Brasil. Alguns destaques são nossos.