Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

sexta-feira, 27 de abril de 2018

A Virgem Imaculada e a Medalha Milagrosa


MEMÓRIA MENSAL DA REVELAÇÃO DA MEDALHA MILAGROSA

FAZEI CUNHAR UMA MEDALHA COMO ESTE MODELO


Segunda Aparição da Virgem Imaculada, em 27 de Novembro de 1830, na capela
da rue du Bac, 140, Paris: Revelação da Medalha Milagrosa
Era 27 de novembro de 1830, sábado véspera do Primeiro Domingo do Advento, Santa Catarina Labouré, que já havia sido contemplada com a maravilhosa visão da Santíssima Virgem no mês de julho, encontrava-se na Capela juntamente com outras Irmãs de Caridade, fazia-se um grande silêncio meditativo, quando, por mais uma vez, a Virgem Imaculada lhe aparece, e revela-lhe a missão para qual estava destinada: Fazei, fazei cunhar uma medalha com este modelo …

Vejamos como a própria Vidente relatou essa Aparição:
No dia 27 de novembro de 1830, que caiu no sábado antes do primeiro domingo do Advento, às cinco e meia da tarde, após o ponto da meditação, no grande silêncio, isto é, alguns minutos após o ponto da meditação, pareceu-me ouvir um ruído do lado da tribuna, ao lado do quadro de São José, como o roçar de um vestido de seda. Tendo olhado desse lado, vi a Santíssima Virgem à altura do quadro de São José. A Santíssima Virgem, de estatura média, estava de pé, vestida de branco, um vestido de seda branco-aurora feito à maneira que se chama 'a la Virgem', afogado, mangas lisas, com um véu branco que lhe cobria a cabeça e descia de cada lado até em baixo. Sob o véu, vi os cabelos lisos repartidos ao meio e por cima uma renda de mais ou menos três centímetros de altura, sem franzido, isto é, apoiada ligeiramente sobre os cabelos. O rosto bastante descoberto, bem descoberto mesmo, os pés apoiados sobre uma esfera, ou ao menos não me pareceu senão metade, e depois tendo uma esfera de ouro nas mãos, que representava o globo. Ela tinha as mãos elevadas à altura do estômago de uma maneira muito natural, os olhos elevados para o Céu… Aqui seu rosto era magnificamente belo. Eu não saberia descrevê-lo… E depois, de repente, percebi anéis nesses dedos, revestidos de pedras mais belas umas que as outras, umas maiores e outras menores, que despediam raios mais belos uns que os outros. Esses raios partiam das pedras maiores os mais belos raios, sempre alargando para baixo, o que enchia toda a parte de baixo. Eu não via mais seus pés … Nesse momento em que estava a contemplá-la, a Santíssima Virgem baixou os olhos, olhando-me. Uma Voz se fez ouvir, que me disse essas palavras:
'A esfera que vedes representa o mundo inteiro, particularmente a França… e cada pessoa em particular…'
Aqui não sei exprimir o que senti e o que vi; a beleza e o fulgor, os raios tão belos …

'É o símbolo das graças que derramo sobre as pessoas que mas pedem', fazendo-me compreender quanto era agradável rezar à Santíssima Virgem e quanto era generosa para com as pessoas que rezam a Ela, quantas graças concedia às pessoas que rezam a Ela, que alegria Ela sente concedendo-as… Nesse momento, eu era, ou não era, eu me regozijava, eu não sei… Formou-se um quadro em torno da Santíssima Virgem, um pouco oval, onde havia, no alto do quadro, estas palavras: 'Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós', escritas em letras de ouro. A inscrição, em semicírculo, começava à altura da mão direita, passava por cima da cabeça e acabava na altura da mão esquerda. O globo de ouro havia desaparecido sob o fulgor dos feixes luminosos, jorrando de todos os lados, as mãos se haviam inclinado e os braços permaneciam estendidos sob o pesos dos tesouros de graças obtidos. Então, uma voz se fez ouvir, que me disse: 'Fazei, fazei cunhar uma medalha com este modelo. Todas as pessoas que a usarem receberão grandes graças, trazendo-a ao pescoço. As graças serão abundantes para as pessoas que a usarem com confiança…' Nesse instante, o quadro me pareceu se voltar, onde vi o reverso da medalha. Preocupada de saber o que era preciso pôr do lado do reverso da medalha, após muitas orações, um dia, na meditação, pareceu-me ouvir uma voz que me dizia: 'O M e os dois corações dizem o suficiente'.1

Essa Medalha – inicialmente chamada de “Medalha da Imaculada Conceição” – em pouco tempo depois de cunhada e distribuída, transformou-se na Medalha Milagrosa, espalhando bênçãos de cura, conversão e inúmeras outras graças sobre todos aqueles que passaram a usá-la ao pescoço, com autêntica devoção, e até hoje – mais de 187 anos de sua revelação – é o mais autêntico símbolo do amor e das graças que a Virgem Imaculada dispensa sobre a humanidade pecadora. Os séculos mudaram, os anos passaram, porém continua tão atual como na época que foram cunhados primeiros exemplares, por volta de junho de 1832, pela Casa Vachette2.

Primeiras Medalhas Milagrosas, cunhadas pelo Atelier Vachette.
Foto ABIM
Concluamos com a oração de Súplica à Virgem Imaculada:
Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expor, durante esta novena (ou durante esta oração…), as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de se apresentar os pedidos das graças desejadas). Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este(s) favor(es) que confiantes vos solicitamos, para maior glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre verdadeiros cristãos. Amém.
Reza-se 3(três) Ave-Marias.
Repete-se 3(três) vezes a invocação: – Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

Por Maria a Jesus!

Sou todo teu, Maria.




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1 cf. Revista “Catolicismo nº 359”, Novembro de 1980, p. 5, artigo sob o título “Predições de Nossa Senhora a Santa Catarina Labouré” de A. A. Borelli Machado (os destaques são nossos).

2 cf. CASTRO, Pe. Jerônimo P. de. “Santa Catarina Labouré e a Medalha Milagrosa”, Editora Vozes, 1951, Cap. V, p. 122.

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