28 DE NOVEMBRO – FESTA DE SANTA CATARINA LABOURÉ, A VIDENTE DA VIRGEM IMACULADA, NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA
SANTA CATARINA, A NOVIÇA QUE VIU NOSSA SENHORA
Transcorria o mês de
dezembro de 1876, a Irmã Catarina Labouré, embora muito debilitada,
continuava com vida, a despeito de sua profecia de que não veria o
ano seguinte. Se alguém lho fazia notar, ela retrucava: “Não,
não, eu não verei o próximo ano”.
No
dia 31 de dezembro, pela manhã, ela sofre vários desmaios.
Administram-lhe a Extrema-Unção. A Irmã se mantém numa serenidade
perfeita.
Recuperando-se
um pouco, levantando-se e, como de costume, senta-se em sua poltrona.
Suas sobrinhas vêm visitá-la, acompanhadas da mãe. A Irmã Labouré
dá-lhes santinhos, bombons e medalhas. Durante todo o dia, prepara
pacotinhos com medalhas para a distribuição pelas Irmãs.
Pelo
meio dia, o Diretor das Filhas da Caridade vem dar-lhe a bênção e
lhe fala das peregrinações a Lourdes. Ela observa:
“Na capela da Comunidade é que a Santíssima Virgem quer ser honrada pelas Irmãs. É lá que deve ser a verdadeira peregrinação”.
Às
quatro horas da tarde, novo desfalecimento. A superiora, Irmã Dufès,
acorre. A Irmã Labouré, porém, ainda vez consegue recuperar-se.
“Vós
estais me pregando sustos, minha boa Irmã”
– lhe diz a superiora. Ela replica:
“Minha Irmã, eu não quereria que vos incomodassem. Ainda não é o fim”.
Pelas
seis horas, os sinos tocam. A Irmã Labouré definha cada vez mais.
As Irmãs se reúnem em seu quarto para a oração dos agonizantes, a
ladainha de Nossa Senhora e a Ladainha da Imaculada Conceição.
Uma
das Irmãs descreveu a cena:
“Cercamos
o seu leito até o começo da noite. Às sete horas, ela apareceu
adormecer mais profundamente, e sem a menor agonia, sem o menor sinal
de sofrimento, exalou seu último suspiro. Mal pudemos perceber que
tinha cessado de viver. Jamais vi morte tão calma e tão doce”.
Cumpria-se,
assim, com precisão, a profecia de Santa Catarina Labouré: 46 anos
depois de ter visto a Santíssima Virgem na terra ia vê-la agora
novamente no céu.
Representação da 1ª Aparição da Virgem Imaculada a Santa Catarina Labouré, e ao fundo, as Filhas da Caridade na Ca- pela da Rue du Bac |
*
* *
No
momento atual, em que rangem todos os gonzos da política
internacional e o estado moral e religioso da humanidade atinge um
ponto assustadoramente baixo, é lícito considerar a possibilidade
da iminência do cumprimento pleno das terríveis profecias de Nossa
Senhora em Fátima, caso os homens não rezassem e fizessem
penitência. Em tais condições parece oportuno recordar também a
primeira grande Aparição de Nossa Senhora nos século passado, que
abriu o extraordinário ciclo das aparições mariais: Rue
du Bac
(1830), La Salette (1846), Lourdes (1858), Fátima (1917), são os
pontos refulgentes dessa trajetória luminosa.
Se
os homens tivessem sido fieis às graças derramadas a partir da
Medalha
Milagrosa,
o pavoroso castigo do comunismo, detalhadamente descrito em Fátima e
embrionariamente anunciado na Rue
du Bac,
teria sido desviado do mundo pela prece onipotente da Mãe de Deus.
De
qualquer modo, a recordação das graças do marco histórico de 1830
pode ser ainda uma oportunidade de renovação dessas mesmas graças,
pelo menos para aqueles que quiserem pelejar por Nossa Senhora
durante a grande tormenta que, ao que tudo indica, se aproxima.
Tudo
leva a crer que as graças oferecidas por Nossa Senhora na Rue du Bac
permanecem em aberto, e aqueles que franquearam os corações à sua
influência, poderão vir a ser pedras vivas do Reino do Coração
Sapiencial e Imaculado de Maria, a ser instaurado, sobre a face da
terra, segundo as previsões do grande teólogo mariano e missionário
francês do século XVIII, São Luís Maria Grignion de Montfort.
Razões análogas às aduzidas sobre a possibilidade da realização
iminente das promessas de Nossa Senhora em Fátima – que assegurou
a vitória final de seu Imaculado Coração – poderiam ser
invocadas para afirmar esse Reinado de Maria deveria se efetuar ainda
em nossos dias.
Santa Catarina Labouré e os Santos da Ordem de S. Vicente de Paulo (Foto: Todo Coleccion.net) |
O CASO SINGULAR DA
NOVIÇA QUE QUERIA VER NOSSA SENHORA
Quando uma comissão
teológica examina a autenticidade de fenômenos sobrenaturais,
costuma perquirir se o pretendido vidente não teria sido
influenciado por narrações congêneres, as quais poderiam lhe ter
perturbado a mente. Em nossos dias, por exemplo, há várias
pseudo-aparições, evidentemente decalcadas em Fátima, e que não
oferecem a mínima garantia de autenticidade. Antes pelo contrário,
aquele que possui o censo das coisas católicas, logo discerne nelas
o mau odor das contrafações do demônio, onde o prosaísmo, o
ridículo e a mais grosseira sandice acabam aparecendo clara ou
veladamente.
Não estranha, pois, que
a Santa Igreja sempre tenha posto o máximo empenho em estudar
adequadamente a autenticidade de anunciadas revelações
sobrenaturais. Dever-se-ia, talvez, fazer um pequeno reparo ao
ceticismo desproporcionado de homens de pouca fé, que conduziram
certos processos canônicos, demonstraram nesta ou naquela ocasião.
É fruto desse cuidado,
por exemplo, que a Irmã Lúcia – a mais importante das videntes de
Fátima – tenha sido minuciosamente interrogada sobre a possível
influência que as Aparições de Lourdes pudessem haver exercido
sobre o que ela mesma teve ocasião de presenciar.
Com as Aparições de
Nossa Senhora na Capela das Filhas da Caridade de São Vicente de
Paulo, na Rue du Bac, em Paris, no ano de 1830, estamos, entretanto,
diante de um caso singular. Porque Nossa Senhora aparece a uma jovem
noviça que ardia em desejos de ver a Mãe do Céu – e que na
oração da noite pedira ao seu Anjo da Guarda e a São Vicente de
Paulo que obtivessem a graça de ter uma visão da Santíssima Virgem
– adormeceu na certeza que A veria naquela mesma noite!
Hoje, passados 188 anos
(na publicação original, 146 anos) dessas maravilhosas Aparições,
ninguém pode por em dúvida sua autenticidade. Milagres estrondosos
as comprovaram. Ademais, a vidente foi canonizada pela Santa Igreja.
E quem, mesmo sem
conhecer esses milagres, mas simplesmente possuindo o espírito
católico, poderia pôr em dúvida a realidade da descrição que
passamos a apresentar, repassada da inocência primaveril de uma alma
onde as graças do batismo nunca se fanaram? – O leitor julgue por
si mesmo.
POR ONDE A VIDENTE E
SEU ANJO DA GUARDA PASSAM AS LUZES SE ACENDEM
No
dia 19 de julho celebra-se com particular solenidade, entre as Filhas
da Caridade, a festa de São Vicente de Paulo. É a própria Irmã
Catarina Labouré que escreve o que então se passou (1):
Primeira Aparição: a Virgem Imaculada, Santa Catarina Labouré e seu Anjo da Guarda |
“Depois veio a festa de São Vicente. Na véspera, nossa boa Madre Maria apresentou-nos uma instrução sobre a devoção à Santíssima Virgem, o que me deu o desejo de vê-LA. Deitei-me, pois, com o pensamento de que naquela noite com o pensamento de que naquela noite mesmo eu veria minha boa Mãe; havia tanto tempo já que eu desejava vê-LA!
“Haviam-nos distribuído [às noviças] um pedaço do roquete de linho de São Vicente. Eu cortei a metade e a engoli, adormecendo com o pensamento de que São Vicente me obteria a graça de ver a Santíssima Virgem.
“Enfim, às onze e meia da noite, ouvi me chamarem pelo nome: 'Irmã Labouré! Irmã Labouré!'
“Acordando, olhei para a direção que vinha a voz, que era o lado da passagem (2). Corro à cortina e vejo um menino de quatro a cinco anos que me diz: 'Vinde à Capela; a Santíssima Virgem vos espera'.
“Vesti-me depressa e me dirigi para o lado do menino. Este tinha permanecido de pé, sem avançar além da cabeceira de minha cama. Ele me seguiu, ou melhor, eu o segui, sempre à minha esquerda. Por todos os lugares por onde passávamos, as luzes estavam acesas (3), o que me admirava muito. Porém, muito mais surpresa fiquei quando entrei na Capela: a porta se abriu mal o menino a tocou com a ponta do dedo. E minha surpresa foi ainda mais completa quando vi todas as velas e castiçais acesos, o que me recordava a missa da meia-noite.
DEPOIS DE TANTAS
MARAVILHAS, A SANTÍSSIMA VIRGEM SE FAZ ESPERAR …
“Entretanto, nada vejo de Santíssima Virgem. O menino me conduziu ao presbitério, ao lado da cadeira de braços do Sr. Diretor (4). Ali me ajoelhei, e o menino permaneceu de pé todo o tempo. Eu achava o tempo cumprido, e olhava para ver se as vigilantes não passavam pela tribuna.
“Por fim, chegou a hora. O menino mo preveniu. Ele me disse: 'Eis a Santíssima Virgem: ei-LA'.
“Eu ouvi como um 'frou-frou' de vestido de seda, que vinha do lado da tribuna, perto do quadro de São José, e que pousava sobre os degraus do altar, do lado do Evangelho, sobre uma cadeira igual à de Sant'na (5).
“Eu estava em dúvida se seria a Santíssima Virgem. Nesse preciso momento, o menino, que estava ali, me disse: 'Eis a Santíssima Virgem'.
“Ser-me-ia impossível dizer o que senti nesse momento, o que se passava dentro de mim: parecia-me que eu não via a Santíssima Virgem.
O detalhe: Santa Catarina Labouré coloca as mãos sobre os joelhos da Santíssima Virgem |
“Então o menino me falou não mais como criança, mas como um homem dos mais fortes, e com as palavras mais fortes.
“Com as mãos
apoiadas sobre os joelhos da Santíssima Virgem...”
“Nesse momento, olhando para a Santíssima Virgem, dei um salto para junto d'Ela, pondo-me de joelhos sobre os degraus do altar e com as mãos apoiadas sobre os joelhos da Santíssima Virgem...(6).
“Ali se passou o momento mais doce de minha vida. Ser-me-ia impossível dizer tudo o que senti. Ela me disse como devia me conduzir em relação ao meu diretor espiritual, e várias coisas que eu não devo dizer; a maneira de me conduzir em meus sofrimentos: vir lançar-me ao pé do altar (e me mostrava com a mão esquerda o pé do altar) e ali efundir o meu coração. Aí eu receberia todas as consolações de que eu tivesse necessidade.
“Então lhe perguntei o que significavam todas as coisas que eu tinha visto (7), e Ela me explicou tudo...
“Fiquei não sei quanto tempo. Tudo o que sei é que, quando Ela partiu, não percebi senão que alguma se extinguia; enfim, mais uma sombra que se dirigia para o lado da tribuna, pelo mesmo caminho pelo qual Ela tinha chegado.
“Levantei-me dos degraus do altar e percebi o menino onde o tinha deixado. Ele me disse: 'Ela se retirou'.
“Nós retomamos o mesmo caminho, sempre todo iluminado. O menino estava sempre à minha esquerda.
“Creio que este menino era meu Anjo da Guarda, que se havia tornado visível para me fazer ver a Santíssima Virgem, porque eu havia rezado muito a ele para que me obtivesse esse favor. Estava vestido de branco, trazendo consigo uma luz miraculosa, isto é, ele era resplandecente de luz. Tinha a idade de mais ou menos quatro a cinco anos.
“De volta ao meu leito, eram duas horas da manhã, pois ouvi tocar os sinos. Não tornei mais a dormir”.
“Não tornei mais
a dormir”...
Seria
impossível passarmos adiante sem nos determos um instante sobre o
que possa ter sido essa noite na qual a Santa “não
voltou mais a dormir”.
– E como poderia realmente voltar a dormir? Não queremos porém
misturar nossos comentários às palavras tão cheias de encanto e de
inocência da vidente. “Hic
taceat omnis lingua”.
Cada um que imagine – como souber e como puder, ou melhor, conforme
as graças que Nossa Senhora lhe iluminar a alma – o que foi essa
noite em que a Santa passou rememorando, com enlevo, veneração e
ternura, tudo o que tinha visto e ouvido: o Anjo da Guarda, um menino
resplandecente; Nossa Senhora, a grande Dama sobre cujos joelhos a
vidente repousa, cheia de filial confiança, as mãos; a voz
maravilhosa de Nossa Senhora soando deliciosamente aos ouvidos; os
conselhos, as promessas, as advertências tocando-lhe profundamente
na alma. Tudo isso foi a meditação de uma hora, o momento mais
delicioso de uma vida!
Santa Catarina Labouré diante dos revolucionários da Comuna de Paris |
“O mundo inteiro
será transformado por males de toda ordem”
O confessor da Santa, Pe.
Aladel, muito cioso de resguardar a humildade de sua dirigida
espiritual, levou os seus cuidados a ponto de destruir, antes de
morrer, todos os papéis onde tinha anotado os relatos que ouviu
diretamente da vidente, sobre as Aparições. Ele pretendia
expressamente que não se conhecesse a freira favorecida com as
revelações...
De qualquer modo,
escaparam à atenção do zeloso direto espiritual alguns preciosos
manuscritos da Santa, para gáudio geral dos historiadores e regozijo
das almas fieis.
Assim ficou para a
História um segundo manuscrito de Santa Catarina Labouré relatando
esta primeira Aparição de Nossa Senhora.
Apresentamos o texto na
sua simplicidade ao mesmo tempo majestosa e encantadora:
“1830 – Julho. Colóquio com a Santíssima Virgem, dia 18, das 11 horas e meia da noite até a 1 hora e meia da manhã do dia 19, dia de São Vicente (8).
“Minha filha, o bom Deus quer encarregar-vos de uma missão. Tereis muitos sofrimentos, mas superareis pensando que o fareis para glória do bom Deus. Conhecereis o que é do bom Deus: sereis atormentada até que o tenhais dito àquele que é encarregado de vos conduzir. Sereis contraditada, mas tereis a graça; não temais. Dizei, com confiança, tudo o que se passa em vós; dizei-o com simplicidade. Tende confiança; não temais.
“Vereis certas coisas. Prestai conta do que virdes e ouvirdes. Sereis inspirada em vossa oração. Prestai conta do que virdes em vossas orações.
O colóquio entre a Virgem Santíssima e sua confidente, Santa Catarina Labouré, na noite do dia 18 para dia 19 de Julho de 1830 |
“Os tempos são muito maus, os males virão precipitar-se sobre a França. O trono será derrubado. O mundo inteiro será transtornado por males de toda ordem. (Ao dizer isto, a Santíssima Virgem tinha um ar muito penalizado). Mas vinde ao pé deste altar: aí as graças serão derramadas.... sobre todas as pessoas que as pedirem.
“Minha filha, eu gosto de derramar graças sobre a comunidade em particular. Eu a aprecio muito. Sofro porque há grandes abusos sobre a regularidade. As Regras não observadas. Há grande relaxamento nas duas comunidades (9). Dizei-o àquele que está encarregado de uma maneira particular da comunidade. Ele deve fazer tudo o que lhe for possível para repor a regra em vigor. Dizei-lhe de minha parte, de vigiar sobre as más leituras, as perdas de tempo a as visitas...
“A comunidade gozará de grande paz. Ela se tornará grande … Momento virá em que o perigo será grande. Acreditar-se-á tudo perdido. Eu estarei convosco. Tende confiança. Conhecereis minha visita e a proteção de Deus sobre a comunidade. Mas não se dará o mesmo com as outras comunidades. Haverá vítimas (ao dizer isto, a Santíssima Virgem tinha lágrimas nos olhos). Para o Clero de Paris haverá vítimas: Monsenhor o Arcebispo (a esta palavra, lágrimas de novo) (10).
“Minha filha, a Cruz será desprezada e derrubada por terra. O sangue correrá. Abrir-se-á de novo o lado de Nosso Senhor. As ruas estarão cheias de sangue. Monsenhor o Arcebispo será despojado de suas vestes (aqui a Santíssima Virgem não podia mais falar; o sofrimento estava estampado sobre a sua face). Minha filha – me dizia ela (11) – o mundo todo estará na tristeza. A estas palavras, pensei quando isso se daria. Eu compreendi muito bem: quarenta anos”.
*
* *
“Os tempos são muito maus ...O mundo inteiro será transtornado por males de toda ordem... A Cruz será desprezada e derrubada por terra... Abrir-se-á de novo o lado de Nosso Senhor... As ruas estarão cheias de sangue... O mundo todo estará na tristeza”...
Assim,
na primeira Aparição de Nossa Senhora em 1830, que inaugura o ciclo
das grandes Aparições mariais do século passado (refere-se ao
século XIX), já se ouvem os clamores de Nossa Senhora pela
apostasia da humanidade, que comportava a rejeição e até o
sacrílego tripúdio dos homens à Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em consequência, toda espécie de males desabarão sobre o mundo
inteiro.
Para evitar isso, Nossa Senhora faz um convite premente a que os
homens abram seus corações às graças que Ela lhes quer dar:
“Vinde
ao pé deste altar; aí as graças serão derramadas... sobre todas
as pessoas que a pedirem”.
– A palavra “derramadas”
indica de modo inequívoco a superabundância de graças que seriam
postas à disposição dos homens. Este aspecto das revelações da
Rue du Bac fica ainda mais patente nas Aparições posteriores.
Como
os homens corresponderam a esse convite maternal do Coração
Sapiencial e Imaculado de Maria? É inútil nos estendermos sobre
este ponto no momento mesmo em que o comunismo deita as suas garras
de ferro sobre grandes extensões do globo, e a Santa Igreja Católica
Apostólica Romana padece o misterioso processo que se assemelharia
a uma autodemolição, praticada por um impressionante número de
maus filhos, que assim a atraiçoam.
Fotografia de Santa Catarina Labouré (já idosa) com seu autógrafo |
Entretanto,
em 1830, Nossa Senhora ainda oferecia aos homens a possibilidade de
retorno ao seio bendito da plena ortodoxia católica, pela completa
rejeição do processo revolucionário que, a partir da
Pseudo-reforma protestante, passando pela Revolução Francesa,
prosseguia sua marcha inexorável rumo ao comunismo (12).
Ouvindo
o relato da Aparição, o Pe. Aladel, sempre preocupado com o futuro
de sua dirigida espiritual – e um pouco também consigo mesmo, por
que não? – perguntou à Santa se ela e ele estariam presentes aos
acontecimentos cujo ocorrência Nossa Senhora acabava de profetizar
para 1870.
Santa
Catarina Labouré, porém, sempre mais preocupada com a glória de
Deus do que consigo mesma, deu a resposta que cabia, e na qual se
nota o característico espírito francês, penetrante como farpa:
“Outros
lá estarão se nós não estivermos”.
Com
a Aparição que acabamos de descrever, Nossa Senhora preparava a
alma da corajosa e inocente noviça para as estupendas revelações
que se seguiriam. Nestas últimas seria concedido ao mundo o precioso
dom da Medalha
Milagrosa.
*
* *
Porém, não dispomos
mais de espaço para esta narrativa. Fica para outra ocasião.
Do alto de Céu, onde
comemora o centésimo (quadragésimo segundo) aniversário de sua
gloriosa entrada, Santa Catarina Labouré obtenha para aqueles que,
resistindo a todas as pressões do mundo moderno, permanecem
inarredáveis no desejo de serem fieis a Nossa Senhora, às graças
que os outros, desejosa e temerariamente, recusaram.
☞ NOTA:
Para conhecer mais sobre a vida de Santa Catarina Labouré, clique
AQUI.
___________________
– Extraímos os dados
deste artigo dos seguintes livros (da fonte):
– Pe. Henrique
Machado,
“Medalha Milagrosa, sua história, simbolismo e lições, Tip.
Fonseca, Porto, 1930.
– Colette Yver,
“La vie secrete de Catherine Labouré”, Editions Spes. Paris,
1947.
– M. – Th.
Louis-Lefèbvre,
“Le silence de Catherine Labouré”, Desclèe De Brower, 2e.
ed., 1955.
- O dormitório das noviças era uma grande sala comum. Segundo o costume no tempo, os leitos eram guarnecidos por uma cortina. A Santa se refere a esta nesta frase seguinte. A “passagem” era o espaço compreendido entre seu leito e o leito vizinho, , ou entre o leito e a parede, conforme o sentido em que as camas estivessem dispostas.
- Segundo outro relato, o menino “despedia raios de claridade pura por onde ele passava” (cf. Colette Yver, op. cit., p. 109)
– O dormitório se
encontrava então em cima da sacristia. Bastava descer uma escada e
passar por um corredor para chegar até à Capela. Todos os lugares
se iluminavam por onde a Santa e seu Anjo passavam.
- A cadeira de braços do Diretor das Filhas da Caridade ficava colocada no presbitério, ao lado do Evangelho, isto é, à esquerda. No tempo destas revelações, a Capela não estava inteiramente construída, e terminava onde estão atualmente as colunas. Não havia ainda a cúpula. Do lado direito (lado da Epístola), havia uma tribuna, com bancos para oração, construída sobre o corredor que se estendia, no andar térreo do lado de fora, ao longo da parede da Capela. Pela tribuna passavam as vigilantes quando, por vezes, faziam a ronda no edifício, durante a noite.
- Segundo uma tradição recolhida dos lábios da Santa alguns meses antes de sua morte, ela viu uma grande Dama que, descendo do lado da tribuna, prosternou-se diante do Tabernáculo e sentou-se na cadeira do Pe. Richenet, então diretor das Filhas da Caridade.
- Em seus manuscritos, a Santa interrompe o pensamento com três, cinco, seis, sete pontinhos , em vez de das convencionais reticências. Colocamos sempre cinco pontinhos, uma vez que as reticências (…) muitas vezes podem ter uma conotação diversa da intenção da vidente.
- Antes da Aparição de Nossa Senhora, Santa Catarina Labouré tinha tido visões de São Vicente de Paulo (25 de abril a 2 de maio de 1830) e de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento (durante todo o período de seu noviciado, particularmente no dia 6 de junho de 1830).
- Pelo relato anterior, a Santa diz que ouviu bater as duas horas. No mesmo relato diz que o Anjo a chamou à onze e meia e ela teve que esperar muito até que Nossa Senhora aparecesse. Assim é razoável supor que dulcíssimo colóquio com a Virgem Santíssima transcorreu de pouco antes da meia-noite até mais ou menos uma e meia da manhã, ou seja, um pouco mais de uma hora e meia.
- A dos Padres da Missão e das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, comumente conhecidos no Brasil respectivamente por “lazaristas” e “vicentinas” ou “Irmãs de Caridade”.
- Mons. Georges Darboy, Arcebispo de Paris, foi preso como refém pela Comuna, junto com outros Sacerdotes. Depois de várias tratativas, tendo Thiers se recusado a sol..... executado alguns prisioneiros da Comuna, em represália os rebeldes fuzilaram os reféns, em 1871.
- No original: “ne didait-elle”. Santa Catarina Labouré ”sabia ler e escrever para si mesma”, diz uma apreciação sobre ela conservada nos arquivos do noviciado das Filhas da Caridade. Para se exprimir por exprimir por escrito, ela usa uma transcrição mais ou menos fonética. De onde a dificuldade de interpretação registrada nesta nota, aliás a única nesse sentido.
- Cf. Plinio Corrêa de Oliveira, “Revolução e Contra-Revolução”, Parte I – Cap. III, 3, D.
USE
A MEDALHA MILAGROSA
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FONTE:
MACHADO, Antonio Augusto Borelli. “Santa
Catarina Labouré a Noviça que viu Nossa Senhora”,
artigo publicado na revista “Catolicismo”,
nº 312, dezembro de 1976. – Texto revisto e atualizado, com alguns
destaques nossos.
Meu Deus peço que interceda por este sr. João Geraldo efamilia livre de todo malde "perseguições",de livramento a sua saúde de bençãos sem medidda cure a os ferimento que não está cicatrizado(ferida),queime totalmente completamente sendo curado Senhor Jesus e seja estancado Jesus Cristo envolva totalmente completamente com seu sangue precioso com a Tua Face Jesus curando e que Ele faça a cirurgia para retirada de varizes, e leve uma vida saudável com o Senhor com a Tua comunhão, de bençãos sem medidda para a sua família .. Em Teu Nome Meu Jesus Cristo de Nazaré amém assim seja graças glórias a Deus e a Jesus
ResponderExcluirMeu Deus peço que quebre toda força diabólica desse lugar: prédioEdificioLaurita e pessoas:Mariadoarmo,Eliana,moradores:203,301,903,Rafaelenamorada,Luziaefam,Claudia,Giovana,Alice,Patriciaefam,Marciaefam,Angelina,Osvaldoecolegas,Jose,Mauro,Fernandaefam,Jose,Edileia,Elizangela,Valmir,Bruno,Leonardo,Helderefam,Maria Luiza,Marina,Isabela,Eliane,Denise,Armando,Hermansefam,Mateus,Iara,Tania,Dna.Sebastiana(saudeecuradeaeua.v.cfalaememoria,sr José,Regina,MariaRita,Lindaefam,"Larissa"Neide,Ralfo,Eduardo,Willian,Danielli,DivaVanucci,Rose,MariaTereza,Lucy,Guiomar,Silvia,Maria,Osmar,Fernando,Isabela,Neide,OtacilioDiasdeAlmeida,OsvaldoPereira,"sr.jose""Mário""sebastiao""ezequiel"efam,"Júlio""antonioA"rafar"mesquita""Marlon",(imobiliáriazelo,vizinhosaoredoraaruasaoredordosprediosaspracasacrecheabancaeosdonosascabeleireirasbarvidadurafreguesiaedonosochaveiroescoladeingles,e estacionamento,centromedicodentistaeescritoriodeadvocacia liberte os lugares e pessoas do fogo do inferno e os conduza à vida eterna de bom ânimo faça justiça em suas vidas e de a sua paz Jesus Cristo de Nazaré amém assim seja graças glórias a Deus e a Jesus
ResponderExcluirMeu Deus peço que quebre toda força diabólica(perseguições"espiritual"liberte do fogo do inferno)dessas pessoas: ArmandoAlbertoSantarelli,OrlandoCastilho,OtacilioDiasdeAlmeida,MariaRita,Lindaefam,OsvaldoPereira .. Em Teu Nome Meu Jesus Amem assim seja graças glórias a Deus e a Jesus
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