Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

segunda-feira, 31 de julho de 2017

“ESTE MÊS APRESENTAMOS A HISTÓRIA DAS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA A SANTA CATARINA LABOURÉ, EM JULHO DE 1830”

ESTE MÊS APRESENTAMOS A HISTÓRIA DAS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA A SANTA CATARINA LABOURÉ, EM JULHO DE 1830”


O encontro de 18 de Julho de 1830 é instrutivo em muitos aspectos. O caminho espiritual efetuado por Catarina é uma proposta para que nós também, através da pessoa de Maria, que irradia Deus, abramos-nos ao infinito.


A experiência do encontro de Catarina com Maria é, antes de tudo, uma história de amor. Por sua abordagem progressiva e discreta, Maria serve-se pacientemente do caminho da conquista no sentido empregado pela raposa no conto de Exupéry1. A relação sobrenatural que Maria oferece à Catarina não é para esmagá-la de uma bondade condescendente ou de exigências. Ela propõe-lhe que viva um encontro com a verdade, na luz de Deus. onde cada pessoa tem necessidade de amar.    

Toda a Bíblia não reconstitui a inexplicável história de amor de Deus com os homens e a infatigável confiança que Ele se obstina a lhes dar? Já as primeiras páginas do livro de Gêneses, escutamos os passos, entre árvores do jardim, em busca do homem, e a sua voz que chama como a de um pai procurando o seu filho: «Adão, onde estás?» (Gn 3,8-9). Nas outras páginas, Deus não cessa de se apresentar como o amoroso vindo em nossa busca, que chora por não nos encontrar, e teme nos perder quando não nos deixamos encontrar; que nos carrega em seus braços quando nos esgotamos ou ferimos; que se coloca de joelhos diante de nós para lavar os pés; que partilha as nossas angústias até a morte e dá a sua vida para nos salvar.

“É Ele ainda que prepara a mesa da festa em torno da qual Ele nos convida a tomar lugar, com a feliz esperança de nos ver reunidos em redor d’Ele. Assim, no dia 18 de Julho de 1830, com uma simplicidade toda familiar, Maria se senta numa poltrona. Está ali, presente, acolhedora, pura oferenda. É ao mesmo tempo a Irmã, a Mãe e a humilde Serva do Senhor do Senhor. Sua atitude revela Jesus quando diz a Zaqueu: «Hoje, cearei em tua casa.» (Lc 19,1-10). Jesus, mendigo do amor, se coloca humildemente à porta, e bate…   


Deus vem nos visitar, geralmente, sem fazer barulho. Convida-se como um amigo. Ele bate à nossa porta e espera respeitosamente a nossa resposta, porque não nos pode forçar a amar. O Amor não é possessivo, é oferenda. Deus mendiga nosso sim, nosso sorriso. Desde que Ele encontre em nós a porta aberta, pede para entrar e abrasar nosso coração com seu amor. Mas, quando nós O acolhemos, Ele já se antecipou para nos acolher. Com Maria, compreendemos que o Amor de Deus nos precede, e que o nosso não é senão resposta ao Seu.











FONTE: "Ecos da Companhia: Catarina Labouré- Mensageira do céu. Ir. Anne Prévost, FC", capturado em http://filles-de-la-charite.org/pt/focus-on-2/ Texto revisto)

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1 Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944), era francês, escritor, ilustrador e aviador (na 2ª Guerra Mundial), é conhecido pelas diversas obras que escreveu, mas, dentre todas, a mais popular foi o clássico da literatura “O Pequeno Príncipe”, publicado em 1943.