Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

sábado, 22 de julho de 2017

A MENSAGEM DA APARIÇÃO DA NOITE DO DIA 18 PARA O DIA 19 DE JULHO DE 1830 – PARTE I


          

Primeira Aparição da Santíssima Virgem
a Santa Catarina Labouré, na noite do dia
18 para o dia 19 de Julho de 1830
Já vimos o relato da Primeira Aparição da Virgem Imaculada à sua vidente Santa Catarina Labouré (pronuncia-se, “Laburrê”), entretanto, o relato publicado anteriormente consistiu tão somente na narrativa da Aparição em si, passamos agora ao conteúdo das revelações feitas à vidente, tomando-se por base o relato autêntico da própria Santa.

Eis o texto escrito pela Irmã Catarina em 1876:

1830, 18 de Julho. Colóquio da Santíssima Virgem, de onze horas da noite até uma hora e meia da manhã do dia 19 de Julho, festa de S. Vicente.

         «Minha filha, Deus quer encarregá-la de uma missão. Haveis de sofrer muito, mas vencereis essas penas, pensando que as suportais para glória de Deus. Conheceis o que provém de Deus; sereis atormentada até que disserdes tudo a quem está encarregado de vos dirigir espiritualmente. Sereis contestada, mas não vos faltará a graça; não temais, portanto. Tende confiança. Dizei-o com simplicidade e confiança. Vereis algumas coisas, dizei-lhas. Sereis inspirada em vossas orações.

         «Os tempos são maus. Varias desgraças vão cair sobre a França; o trono será derrubado; o mundo inteiro será revoltado por desgraças de toda a sorte (a santa Virgem demonstrava o rosto triste ao dizer isto); mas vinde ao pé deste altar. Aqui as graças serão abundantes para os que a pedirem com confiança e fervor; serão concedidas as grandes e pequenos.

Rue du Bac, em 1830, passando-se em frente à Casa-Mãe das
Filhas da Caridade de São Vicente
«Minha filha, gosto de derramar minhas graças, especialmente sobre a Comunidade; amo-a ternamente. Ela, porém, me faz sofrer: há grandes abusos, a Regra não é observada, a regularidade não é perfeita; há grande relaxamento nas duas Comunidades. Dizei isto a quem está encarregado de vossa direção. Bem que ele não seja superior, será contudo incumbido, de maneira especial, da Comunidade; deve, pois, envidar todos os esforços para restituir à Regra o seu primitivo esplendor.

       «Dizei-lhe em meu nome... que ele proíba as más leituras (isto é, as que prejudicam o espírito da Comunidade), com a perda de tempo, com as visitas... Logo que a observância da Regra voltar a ser praticada, uma outra Congregação virá se reunir à vossa. Não é conforme o costume, mas muito a amo. Dizei, pois, que a recebam. Deus abençoará a união das duas Comunidades e haverá grande paz. A Comunidade vai se tornar grande.

Padre Aladel, confessor de S. Catarina
Labouré
«Vão acontecer grandes desgraças. O perigo será imenso, não temais. Deus e S. Vicente vos protegerão... (a Santíssima Virgem conservava-se triste); nessa ocasião eu mesma estarei convosco; sempre vos protegi. Hei de conceder-vos muitas graças. Virá um momento em que o perigo será grande, tudo parecerá perdido, mas então eu estarei convosco, tende confiança. Reconhecereis a minha visita e a proteção de Deus e de S. Vicente sobre as duas Comunidades. Mas não será a mesma coisa em relação às outras Comunidades (a Santíssima Virgem tinha lágrimas nos olhos ao me dizer isto); o clero de Paris contará muitas vítimas, o senhor arcebispo perecerá.

«Minha filha, a cruz será desprezada, o sangue correrá nas ruas (nesse ponto, a Santa Virgem quase não podia falar, a dor transparecia no seu semblante).

«Minha filha, todo o mundo mergulhará na tristeza.»

“Pensei comigo: quando aconteceria tudo isto: quarenta anos... e depois a paz...”1

Há outro texto deste colóquio que conclui dessa forma: “A estas palavras, pensei: quando se dará tudo isto? Entendi perfeitamente: quarenta anos. Sobre este ponto o Padre Aladel me perguntou: Sabeis se vós estareis presente e eu também? – Ao que lhe respondi: Outras pessoas estarão presentes, se nós não estivermos.”2


                                                                                            Continua...





FONTE: CASTRO, Jerônimo P. de Castro. S. Catarina Labouré, Editora Vozes, 11ª edição, Petrópolis/RJ, 1951, p. 79 a 81.

______________

1 Os biógrafos de Catarina Labouré citam este texto assim: “Quarenta anos... depois dez... e enfim a paz.” – Ora, em 1880 não houve nenhum acontecimento revolucionário. Foram dadas várias explicações. A melhor é a que nega a autenticidade destes duas palavras: depois dez, porque não se encontram nos manuscritos da Santa.

2 Em 1876, a Irmã Catarina, pouco antes de morrer, teve de escrever dois relatórios de suas visões, por ordem do Padre Chevalier, diretor geral das Irmãs de Caridade. O primeiro sem data; o segundo foi entregue pela Vidente ao dito Padre Chevalier, a 30 de Outubro de 1876, dois meses antes de seu trânsito para o Céu.    

Imagens:

http://apostoladosagradoscoracoes.angelfire.com/tempari.html

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