Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

A Virgem Imaculada e a Medalha Milagrosa

SOIS TODA BELA E SEM MANCHA

Tradução livre do texto: "Orai por nós, Santa Virgem Maria,  obtende-nos a graça da
salvação
"
Maria foi preservada do pecado original. Como imaginar, pois, que tenham podido germinar em sua alma os espinheiros, as plantas vis e maléficas que enxovalham nossas almas? A honra de Deus, com quem devia Ela ter tão íntimo relacionamento, exigia que Ela fosse isenta da mancha do pecado de desobediência dos nossos primeiros pais; assim, poderia Ele permitir que Ela Se tornasse culpada por um ato de sua própria vontade?

Os Anjos imaculados não podiam reconhecer como sua Rainha uma criatura decaída por força de uma lei fatal; muito menos, portanto, uma criatura que se tivesse desonrado por sua livre vontade. Ademais, donde nasceria o pecado numa alma na qual as paixões submissas sujeitavam-se docilmente ao império da razão, na qual a graça previdente preparava sem descanso a morada da Sabedoria Eterna? Não, nada de faltas, por mais leves que pudessem ser! É necessário que o oráculo tenha absoluta razão, que a Bem-amada de Deus seja toda bela e sem mancha: “Tota pulchra es amica mea et macula non est in te – Sois toda formosa, Amiga minha, e em Ti não há pecado” (Ct 4, 7-8).

Vede até onde vai a delicadeza do divino Guardião. A inocente Virgem poderá tornar-Se suspeita de um crime quando se realizar o prodígio de sua Maternidade. Convém evitar que a fraqueza humana, enganada pelas aparências, perturbe com injustas acusações a paz do abençoado lugar que a força do Altíssimo cobrirá com sua sombra e o Espírito Santo fecundará (cf. Lc 1, 35). Castas núpcias envolverão com um véu protetor este mistério. Pela honra de sua Mãe, o Verbo Encarnado consentirá em ser chamado de filho do carpinteiro José; e o povo cristão aprenderá da Virgem e de seu esposo que o puro amor, a união dos corações, o mútuo devotamento, a emulação das virtudes dão ao casamento sua verdadeira dignidade, melhor do que a pode dar a vulgar confluência das paixões e dos sentidos.


___________Pe. Jacques-Marie-Louis Monsabré, OP




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FONTE: Revista “Arautos do Evangelho”, N. 192, Dezembro/2017, p. 2