Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

SANTA CATARINA LABOURÉ, A VIDENTE DA SANTÍSSIMA VIRGEM – PARTE II



Minha filha, Deus quer encarregá-la de uma missão...(1)

A MEDALHA FAZ O SEU CAMINHO(2)
As aparições da Santíssima Virgem à Irmã Catarina (…) ocorreram na capela da Casa-mãe das Filhas da Caridade, na Rue du Bac, em Paris. Esta capela existe ainda hoje, e Nossa Senhora continua a derramar abundantes graças aos que vão ali rezar com confiança.
Primeira Aparição na noite do dia 18
para o dia 19 de Julho de 1830: "Vinde
ao pé deste altar, aqui, as graças serão
derramadas sobre todos aqueles que
pedirem com confiança e fervor...
"
Catarina permaneceu ali durante alguns meses, a fim de completar sua formação. Logo a seguir foi enviada para cuidar dos pobres e idosos no asilo de Enghien, na extremidade oposta de Paris. Esta hospedagem fora fundada poucos anos antes pela Duquesa de Bourbon em memória do seu filho, o charmoso Duque d’Enghien, cruelmente fuzilado por Napoleão.
Ali passará ela toda a sua vida. Ocupa-se dos doentes, dos pobres, dos idosos, como se cada um deles fosse o próprio Jesus. E ainda passa boa parte do seu tempo em orações.
AS PRIMEIRAS MEDALHAS
Nossa Senhora prometera-lhe, e cumpriu a sua promessa: fala-lhe ao fundo do coração, mesmo não lhe aparecendo mais. E insiste para que se mandem fazer e divulgar as medalhas.
Ele não me quer escutar”, ousa dizer Catarina à Santíssima Virgem, na sua oração.
Ele...” trata-se por certo do Pe. Aladel, o confessor de Catarina, que ainda não crê realmente na aparição. É ele a única pessoa à qual Catarina confiara o seu segredo. Mas cada vez que lhe fala disso, o Pe. Aladel repreende-a duramente, chegando a dizer-lhe que está louca.
Padre Aladel, confessor de Santa Ca-
tarina Labouré.
Por isso, Catarina tem muito medo quando necessita falar com ele. Porém, a Virgem insiste: Ele é meu servidor, temeria entristecer-me”.
Então Catarina torna a ver o Pe. Aladel, e lhe afirma com coragem: A Virgem está muito desgostosa!”. Novamente relata a aparição de Nossa Senhora e o seu pedido de fazer cunhar uma medalha.
Desta vez o Pe. Aladel começa a crer. Principalmente porque, como o dissera a Virgem, ele tem medo de entristecê-La. Mas não diz nada a Catarina, e depois de ouvi-la atentamente, despede-se sem manifestar o que pensa.
O Pe. Aladel estava decidido a falar com o Arcebispo de Paris. E faz bem, porque o prelado quer muito a Santíssima Virgem. Ele escuta com atenção... e autoriza que se cunhe a medalha: Que se difunda simplesmente essa medalha. Julgaremos a árvore pelos seus frutos”.
Então o Pe. Aladel se decide. Mas vai fazer uma medalha um pouco diferente daquela que Nossa Senhora pedira. Não a desenha com o globo — que representa o mundo inteiro, a França e cada pessoa em particular — nas mãos. Em vez disso, representa-a com as mãos abertas e estendidas.
A Medalha Milagrosa
Apesar disto, Irmã Catarina fica muito contente, uma vez que o essencial da medalha está ali: os raios que representam as graças, a invocação
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”; e no verso, o “M” com a Cruz e os Corações de Jesus e de Maria. Mais tarde ela ainda dirá: sobretudo não se modifique esta medalha.
Agora é preciso propagá-la” –– diz Catarina com alegria ao Pe. Aladel, que lhe dá uma das primeiras medalhas.
Dois anos haviam se passado depois da primeira aparição da Virgem!
OS PRIMEIROS MILAGRES

Começa a distribuição das medalhas. As Irmãs já sabem que Maria Santíssima aparecera a uma das religiosas para pedir que fosse cunhada esta medalha, mas ninguém sabe quem é. Irmã Catarina guardará para sempre o seu segredo, até o fim da vida. E poucos saberão, durante toda sua vida, que fora ela quem vira a Santíssima Virgem e recebera a revelação da medalha.

Enquanto as primeiras Medalhas são difundidas, ressurge em Paris uma terrível epidemia de cólera, doença horrível que causava morte a muitas pessoas, porque não existia cura. As pessoas são dominadas pelo pânico.
Com toda a naturalidade, as Irmãs distribuem as medalhas aos doentes de cólera, recomendando-lhes muita confiança em Nossa Senhora. E os primeiros milagres surgem:
- A pequena Carolina Nenain, de 8 anos, era a única da sala que não tinha recebido a medalha. Contagiou-se de cólera e adoeceu seriamente. Uma Irmã deu-lhe a medalha, e a pequena restabeleceu-se imediatamente: pôde retornar às aulas dois dias depois.
- Uma senhora da aldeia de Mitry, na região de Meaux, estava grávida e foi contagiada pela doença de forma muito grave. O médico não tinha esperança de salvá-la. Deram-lhe a medalha, e ela se curou em poucos dias. A criança nasceu com boa saúde.
- Na mesma aldeia entregaram a medalha a um menino aleijado de 5 anos, que nunca conseguira andar, apesar de numerosos médicos terem sido consultados. Logo no primeiro dia ele começou a andar!
Rapidamente a medalha — apelidada de “Milagrosa” — começou a ser conhecida e a falar-se dela em toda a França, e até mesmo nos países vizinhos. Todo mundo queria uma medalha.

Mas atenção: a Medalha Milagrosa não é um objeto mágico. É a Santíssima Virgem que opera os milagres para aqueles que levam a medalha com confiança e amor. Levar a medalha ao pescoço é colocar-se sob a proteção de Nossa Senhora. É afirmar que amamos Maria Santíssima, e que Ela nos ama.
Ela não somente cura os corpos, mas sobretudo protege as almas. Muitas pessoas que foram más, inimigas de Deus e da Santíssima Virgem, converteram-se e tornaram-se boas. O que é muito mais importante do que curar uma doença.
UMA DAS PRIMEIRAS CONVERSÕES
Um soldado no hospital de Alençon encontra-se prestes a morrer. Dizia coisas horríveis contra Deus e negava-se a preparar-se para entrar no Céu. Temendo que, morrendo nesse estado, ele acabasse indo para o inferno, uma Irmã colocou uma medalha perto da sua cama enquanto ele dormia.
Quando acordou, exclamou fitando o local onde haviam colocado a medalha: Por que puseram lá uma luz?
Porém, não havia ali luz alguma; havia só a medalha. Pouco tempo depois, ele acrescentou: Oh, meu Deus, tende piedade de mim!
A seguir, pediu um sacerdote para se confessar, e obteve deste modo o perdão dos seus pecados. Ao longo dos dois dias que se seguiram, segurou na mão um crucifixo e a medalha, oferecendo com coragem os seus sofrimentos a Deus. Pouco antes de morrer em paz, disse: O que me entristece é ter amado a Deus tão tarde, e não amá-Lo hoje mais ainda.
Multiplicam-se as narrações das curas, das conversões e da proteção da Virgem Santíssima para aqueles que levam a sua medalha com confiança, com amor.
O Pe. Aladel está agora plenamente convencido. Redige um pequeno livro com a história das aparições, sem revelar o nome de Catarina, e ali relata numerosos milagres ocorridos na França e no mundo inteiro.

Para atender aos pedidos, muito numerosos, o primeiro fabricante da medalha tem de aumentar constantemente a sua produção: em poucos anos a medalha espalhara-se pelo mundo inteiro.
Em dez anos ele vendera dois milhões de medalhas feitas em ouro ou prata, e 18 milhões em cobre!
Pelo menos outros 11 fabricantes em Paris venderam tanto quanto ele; em Lyon, outros quatro fabricantes venderam o dobro. Fabrica-se em muitas outras cidades da França e do exterior. Deste modo, em apenas 10 anos, a quantidade de Medalhas Milagrosas distribuídas ultrapassa centenas de milhões!
Em Roma, muitos cardeais distribuem a medalha, e o próprio Papa a oferece a muitas pessoas. Ademais, é em Roma que se operará uma grande conversão, da qual todo o mundo ouvirá falar(3).
A MEDALHA DURANTE A REVOLUÇÃO DA COMUNA

1870: começa a guerra! Os prussianos invadem a França e cercam Paris. Torna-se muito difícil sair ou entrar na cidade. A comida começa a faltar, sobretudo para os pobres. Catarina e as outras Irmãs fazem o que podem para atender os doentes, os feridos, os pobres e pessoas do bairro.
Mas a França é vencida, e os prussianos entram em Paris. Começa então outra guerra — ou melhor, uma revolução —, desta vez entre franceses. Na cidade de Paris os revolucionários tomam o poder. Esta revolução chama-se Comuna, e os revolucionários são os communards.(*) São ferozes e pretendem destruir a Religião. Detestam os sacerdotes, o rei e o Bom Deus. Durante três meses fazem reinar o terror. Fuzilam todos os que não concordam com eles. Perecem desta forma muitos inocentes. Não respeitam nem o arcebispo de Paris, Monsenhor Darbois, que é fuzilado com mais 20 sacerdotes!
Finalmente o exército francês penetra na capital para libertá-la daqueles bandidos. Mas por ódio eles incendeiam grande parte dos belos monumentos de Paris e seus palácios.
Durante todo esse tempo as Irmãs correm um risco muito grande. Somente Catarina não tivera medo. Sabia de antemão o que aconteceria, e dissera-o a uma das Irmãs: Teremos a guerra, uma guerra mais terrível do que a outra e ainda mais mortífera. Oh meu Deus, quanto sangue, quantas ruínas!”.
Mas acima de tudo ela sabe que pode contar com a proteção da Santíssima Virgem. A Virgem vigiará, Ela protegerá tudo. Não nos acontecerá mal algum”, afirmava às Irmãs inquietas.

Catarina lembra que, quando da primeira aparição, Nossa Senhora lhe dissera, com lágrimas nos olhos, que haveria muitas mortes, incluindo a do arcebispo: Momento virá em que o perigo será grande, julgando todos que tudo está perdido, mas então Eu estarei convosco”.
IRMÃ CATARINA ENFRENTA OS REVOLUCIONÁRIOS
Na tarde da Páscoa, durante a revolução, um grupo de revolucionários agitados invade o hospital das Irmãs. Estes vêm buscar dois soldados feridos durante a guerra contra os prussianos, acusados, sem razão, de serem os inimigos do povo. Querem fuzilá-los, e os levam à força para a prisão.
A Irmã superiora que dirige o hospital vai procurá-los na prisão e os traz de volta. Mas no dia seguinte os revolucionários retornam. Procuram os soldados por todos os lados, mas não os encontram. Encolerizados, querem levar a Irmã superiora, ameaçam-na com as suas armas. As outras Irmãs, junto com Catarina, declaram que se os revolucionários levarem a Superiora, elas irão todas com ela.
Santa Catarina Labouré diante de um
soldado da Comuna de Paris.
Diante da sua coragem os revolucionários recuam. Mas as Irmãs têm muito medo. Estão todas de acordo: é melhor que a Superiora saia, pois podem voltar a procurá-la.
Irmã Catarina, agora a mais idosa, encarrega-se dos cuidados do hospital. Para evitar que os revolucionários voltem, vai ela mesma vê-los no seu quartel general. Existem lá mais de 60 homens de aspecto perverso, cingidos de grandes cintos de tecido vermelho.
Catarina explica que os soldados feridos são inocentes, e que foram embora. Furiosos, os revolucionários insultam-na e querem prendê-la. Ela replica, cheia de coragem: Mostrai-me a ordem, o documento que vos autoriza a prender-me.
É esta a minha ordem!” –– diz o comandante puxando o seu sabre. Vários homens fortes rodeiam Catarina e querem prendê-la. Então um dos soldados, de quem Catarina cuidara quando estava ferido, pega-a pelos braços e puxa-a fortemente para trás a fim de a salvar. Catarina consegue assim sair, apenas com alguns hematomas nos braços.
DISTRIBUIÇÃO DE MEDALHAS AOS REVOLUCIONÁRIOS
A Santíssima Virgem a protegera. Cumpre dizer que, sempre que pode, Irmã Catarina distribui Medalhas até mesmo aos revolucionários, que as recebem com respeito.
Catarina carrega sempre Medalhas, distribuindo-as a todos que encontra. Os revolucionários o sabem, e muitos deles, quando a veem, correm para as pedir. Vamos pedir Medalhas à Irmã Catarina. Ela já as tem dado aos nossos camaradas”.
Mas para que vos serve, se não credes em nada?” –– pergunta uma Irmã que os vê passar.
É verdade que não cremos em quase nada, mas cremos nessa Medalha. Ela já protegeu outros, e também nos protegerá”.
Mesmo àqueles que, revoltados, proferem insultos contra a Religião, Catarina dá Medalhas para que a Santíssima Virgem os converta.
Ilustração da distribuição por Santa Catarina
Labouré da Medalha Milagrosa aos soldados
da Comuna.
Entre os revolucionários há muitas mulheres, que também levam uma grande faixa vermelha à cintura. Certo dia essas mulheres chegam à escola dirigida pelas Irmãs, para lecionar no lugar das religiosas. Não querem mais que se fale de Deus às crianças, e imediatamente fazem retirar o crucifixo que está na parede.
Quando a nova aula vai começar, uma jovem aluna põe-se de joelhos. Logo as outras a imitam: “Perdão, senhora, mas ainda não fizemos a oração. A nossa professora sempre iniciava a aula com uma oração”.
A piedade das pequenas causa grande furor às revolucionárias, que pretendem apagar completamente das almas dessas crianças o amor a Deus e a Nossa Senhora. A mais temida dessas mulheres chama-se Valentin. Ela criou muitos problemas às Irmãs, mas está longe de suspeitar o que lhe acontecerá.
Uma noite, dois revolucionários armados vêm procurar Catarina e a levam consigo. Antes de partir, ela repete para as outras Irmãs que nada lhe acontecerá. Somente pede que rezem.
Duas horas mais tarde, está de volta. Os revolucionários tinham-na levado para que acusasse Valentin; estavam determinados a fuzilá-la, por a considerarem malvada demais. Mas Catarina lhe salvara a vida, graças às suas respostas cheias de bondade.
INVASÃO DA CASA DAS IRMÃS
Um grupo de revolucionários invade um dia a casa das Irmãs. Em meio de muitos insultos e ameaças, decidem fazê-las prisioneiras. Irmã Catarina, muito calma, passa pelo meio deles e oferece medalhas, e muitos as aceitam.
O chefe, chamado Siron, é um verdadeiro bandido que já passara pelo cárcere. Chegara anunciando que fará todas as maldades possíveis com as irmãs. Catarina dá-lhe também uma Medalha.
— “Estou completamente mudado!”,disse então, tocado por algo que o conteve”.
Ao longo de três dias as religiosas ficam prisioneiras. Fecham-se na lavanderia para se proteger. À noite, os revolucionários encontraram garrafas de vinho na adega e começaram a beber. Embriagados pela bebida, começam a ameaçar as irmãs. No entanto, chegando à porta da lavanderia, hesitam. Siron, o bandido-chefe que usa a medalha, diz bem alto: Não temam nada! Eles terão de passar sobre mim antes de chegar até vós”. Deita-se contra a porta e adormece logo. Os outros fazem o mesmo.
Sem fazer barulho, as Irmãs saem durante a noite e vão esconder-se em outro lugar. E no dia seguinte vão embora.
Santa Catarina Labouré devolvendo a
coroa à imagem de Nossa Senhora.
Antes de partir, Catarina e todas as Irmãs vão rezar e cantar diante da imagem de Nossa Senhora que se encontra no jardim. Nenhum dos revolucionários ousa intervir. Catarina pega então a coroa que está sobre a cabeça da imagem da Virgem e promete:
Eu vô-la trarei de volta daqui a um mês, a 31 de maio”.
Os insultos surgem de todos os lados, mas elas conseguem sair de uma Paris inteiramente controlada pelos revolucionários.
Os horrores se multiplicam. Um batalhão de revolucionários que se apelidam “os vingadores de República” concentra-se na Igreja de Nossa Senhora das Vitórias. Há nesse local uma associação que tem por emblema a Medalha Milagrosa.
Cheios de fúria, os revolucionários quebram tudo, abrindo os túmulos do interior da igreja. Quando Irmã Catarina soube da notícia, declarou: Mexeram com Nossa Senhora, não irão mais longe...”.
Com efeito, na semana seguinte o exército francês entra em Paris e esmaga os revolucionários. Poucos dias depois as Irmãs já podem voltar para sua casa. Irmã Catarina traz de volta a coroa da imagem de Maria que fora um pouco danificada pelos bandidos. Eu Vos tinha prometido, minha boa Mãe, que voltaria para vos coroar antes do fim do mês”.
OS ÚLTIMOS CONSELHOS DE SANTA CATARINA
Irmã Catarina já está idosa, tem 70 anos. Sabe que é o último ano da sua vida. Desde o começo de 1876, repete: “Não verei o próximo ano”. E em cada uma das festas religiosas do ano, lembra ainda: É a última vez que vejo esta festa”.
Fotografia autêntica tirada em vida de
Santa Catarina Labouré, em 1876.
Está muito contente por ir encontrar Jesus, a Santíssima Virgem e São Vicente. Como boa cristã, Catarina sabe bem que esta vida na Terra não é feita senão para se ganhar o Céu.
Continua muito discreta em relação às aparições da Virgem, tendo confiado o fato a poucas pessoas, junto às quais multiplica os bons conselhos. O primeiro deles é o de levar consigo a Medalha. Há Irmãs no noviciado que não usam a Medalha, e ninguém se preocupa em lhes dar uma”, queixa-se um dia.
Mas levar a medalha não é suficiente. Catarina insiste que se faça oração e sacrifícios. É preciso, sobretudo, pedir a Maria o que Ela nos quer dar, antes do que nós mesmos desejamos. Pede-se demais o que se deseja, e não suficientemente o que Deus deseja”, diz Catarina. E outras vezes aconselha: É preciso ter confiança. Deus tudo pode. É preciso dar tudo a Deus, e não andar a queixar-se”.
Ela sempre leva medalhas para distribuir àqueles com quem se encontra.
No dia da morte de Santa Catarina, uns meninos vieram desejar-lhe boas festas. Portai-vos bem, obedecei, e a Virgem vos amará. Irei rezar por todos vós”, diz-lhes.
Mais do que isso, Irmã Catarina insiste em que Nossa Senhora seja reconhecida e proclamada Rainha de todo o Universo, de todos os países e de cada pessoa. Enquanto assim não for feito — repete, poucas semanas antes de morrer —, grandes desgraças continuarão a nos ameaçar. 
Num certo momento tudo parecerá perdido; mas tudo será ganho. É a Santíssima Virgem que nos salvará. Sim, quando a Virgem oferecer o mundo a Deus e for honrada, teremos a paz. Oh, como será belo ouvir dizer: Maria é a Rainha do Universo, e em especial da França. E os meninos exclamarão: e de cada pessoa em particular! Será um tempo de paz, que será longo”.
O 31 de dezembro de 1876 chega. É o último dia do ano e o último dia de Irmã Catarina sobre a Terra.
Ela pede que lhe enviem Medalhas, com as quais faz pacotinhos para oferecer. Depois, como o anunciara, perto das sete horas da tarde ela adormece numa morte muito doce, enquanto as outras Irmãs repetem muitas vezes junto dela:
“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós



(*“Communards”: termo francês para designar os ativistas da Revolução da Comuna de 1870 em Paris. Apesar das evidentes afinidades ideológicas, não devem se confundir com os comunistas. Seu pensamento provinha da radicalização das correntes extremadas da Revolução Francesa.


 O R A Ç Õ E S (4)

ORAÇÃO I

"Ó minha Santa Catarina, que na Sexta Feira da Paixão entraste em uma casa e encontrastes cinco mil homens bravos como leões, com vossa santa palavra, abrandaste o coração de todos. Agora eu vos peço, abrandai o coração de meus inimigos. Se tiverem olhos que não me enxerguem, se tiverem ouvidos que não me escutem, se tiverem pernas que não me sigam, se tiverem mãos que não me toquem. Suas armas brancas sejam impotentes sobre o meu corpo, suas obras malignas não possam contra a minha pessoa.

Ó minha Santa Catarina, eu vos peço a vossa proteção, em nome de Jesus, Maria e José." Amém

ORAÇÃO II

"O Perigo será grande, tudo parecerá perdido, mas eu estarei convosco; tende confiança."

Ó Santa Catarina Labouré, que ouvistes dos lábios da Virgem Imaculada estas consoladoras palavras, alcançai-me de Deus, através de Maria a graça de .....

Rezar: 3 Pai-Nossos , 3 Ave-Marias e Gloria ao Pai.

"Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós."


Santa Catarina Labouré, rogai por nós. 




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(1) CASTRO, Pe. Jerônimo Pedreira de. “Santa Catarina Labouré e a Medalha Milagrosa”, Editora Vozes, II Edição/1951, Cap. VII, p. 79. Trecho da narração escrita pela própria Santa em 1876, acerca da 1ª Aparição de Nossa Senhora, na noite do dia 18 para o dia 19 de julho de 1830.
(2) Continuam, a partir daqui, os excertos do artigo publicado pela Revista “Catolicismo”, de Novembro/2008, sob o título “A Medalha Milagrosa”, de autoria de Benoît Bemelmans.
(3) Outro famoso milagre de conversão, foi o do jovem israelita Afonso Ratisbonne, que trataremos em outro momento.
(4) http://www.oracoesdaigrejacatolica.com/2016/11/santa-catarina-laboure-privilegiada-com.html
  

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