Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

A REVELAÇÃO DA MEDALHA MILAGROSA: SEGUNDA APARIÇÃO DA VIRGEM IMACULADA

Segunda Aparição da Virgem Imaculada na tarde do dia 27 de Novembro de 1830, sábado,
véspera do Primeiro Domingo do Advento. Na imagem, a Virgem aparece com os braços
estendidos derramando as graças.
A PRIMEIRA APARIÇÃO de Nossa Senhora deixou em Santa Catarina Labouré profundas saudades. Ela ardia em desejos de ver novamente a Mãe de Deus. Seus desejos seriam soberanamente cumulados. No dia 27 de novembro, a Santíssima Virgem lhe apareceu novamente e lhe fez a estupenda revelação da Medalha Milagrosa. A própria Vidente assim narra a Aparição, em texto dirigido ao seu confessor:

         “Parece-me que ainda estou nesse momento tão desejável para mim, sábado, véspera do primeiro domingo do Advento. Eu estava convicta de que veria ainda a Santíssima Virgem, que A veria em todo o esplendor de sua beleza. Eu vivia em tal esperança.
J.M.J.
    No dia 27 de novembro de 1830, que caiu no sábado antes do primeiro domingo do Advento, às cinco e meia da tarde, após o ponto da meditação, no grande silêncio, isto é, alguns minutos após o ponto da meditação , pareceu-me ouvir um ruído do lado da tribuna, ao lado do quadro de São José, como o roçar de um vestido de seda. Tendo olhado desse lado, vi a Santíssima Virgem à altura do quadro de São José. A Santíssima Virgem, de estatura média, estava de pé, vestida de branco, um vestido de seda branco-aurora feto à maneira que se chama “a la Virgem”, afogado, mangas lisas, com um véu branco que lhe cobria a cabeça e descia de cada lado até em baixo. Sob o véu, vi os cabelos lisos repartidos ao meio e por cima uma renda de mais ou menos três centímetros de altura, sem franzido, isto é, apoiada ligeiramente sobre os cabelos. O rosto bastante descoberto, bem descoberto mesmo, os pés apoiados sobre uma esfera, ou ao menos não me pareceu senão metade, e depois tendo uma esfera de ouro nas mãos, que representava o globo. Ela tinha as mãos elevadas à altura do estômago de uma maneira muito natural, os olhos elevados para o Céu... Aqui seu rosto era magnificamente belo. Eu não saberia descrevê-lo... E depois, de repente, percebi anéis nesses dedos, revestidos de pedras mais belas umas que as outras, umas maiores e outras menores, que despediam raios mais belos uns que os outros. Esses raios partiam das pedras maiores os mais belos raios, sempre alargando para baixo, o que enchia toda a parte de baixo. Eu não via mais seus pés... Nesse momento em que estava a contemplá-la, a Santíssima Virgem baixou os olhos, olhando-me. Uma Voz se fez ouvir, que me disse essas palavras:
    A esfera que vedes representa o mundo inteiro, particularmente a França... e cada pessoa em particular...”
    Aqui não sei exprimir o que senti e o que vi; a beleza e o fulgor, os raios tão belos...
Ilustração da Aparição da Virgem com o globo,
e dos anéis em suas mãos, descem os raios, no
mesmo dia 27 de Novembro
É o símbolo das graças que derramo sobre as pessoas que Mas pedem”, fazendo-me compreender quanto era agradável rezar à Santíssima Virgem e quanto era generosa para com as pessoas que rezam a Ela, quantas graças concedia às pessoas que rezam a Ela, que alegria Ela sente concedendo-as... Nesse momento, eu era, ou não era, eu me regozijava, eu não sei... Formou-se um quadro em torno da Santíssima Virgem, um pouco oval, onde havia, no alto do quadro, estas palavras: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”, escritas em letras de ouro. A inscrição, em semicírculo, começava à altura da mão direita, passava por cima da cabeça e acabava na altura da mão esquerda. O globo de ouro havia desaparecido sob o fulgor dos feixes luminosos, jorrando de todos os lados, as mãos se haviam inclinado e os braços permaneciam estendidos sob o pesos dos tesouros de graças obtidos. Então, uma voz se fez ouvir, que me disse: “Fazei, fazei cunhar uma medalha com este modelo. Todas as pessoas que a usarem receberão grandes graças, trazendo-a ao pescoço. As graças serão abundantes para as pessoas que a usarem com confiança...” Nesse instante, o quadro me pareceu se voltar, onde vi o reverso da medalha. Preocupada de saber o que era preciso pôr do lado do reverso da medalha, após muitas orações, um dia, na meditação, pareceu-me ouvir uma voz que me dizia: “O M e os dois corações dizem o suficiente”.
    Agora, há dois anos, sou atormentada e pressionada para vos dizer que construais um altar tal qual vos pedi, no lugar em que a Santíssima Virgem me apareceu. Ele será privilegiado de muitas graças e indulgências e uma abundância de graças para vós e para toda a comunidade, e para todas as pessoas que vierem rezar a Ela...
Ilustração sintetizando a Aparição e a revelação da Medalha Milagrosa
GRAÇAS QUE OS HOMENS NÃO PEDEM

A visão da Medalha Milagrosa repetiu-se em outra ocasião (talvez dezembro de 1830), durante a Missa. A Vidente assim relata esta segunda Aparição:
    ... Vi a Santíssima Virgem junto do tabernáculo, por detrás. Ela estava vestida de branco... tendo sob os pés uma esfera branca... Ela era tão bela, que me seria impossível exprimir a beleza arrebatadora. As mãos, elevadas à altura do estômago de uma maneira muito natural, em atitude de oferecimento a Deus, seguravam uma esfera de ouro, que representava o globo, em cima com uma pequena cruz de ouro. De repente, os dedos se apresentaram ornados de anéis e de pedras preciosas de um brilho muito grande; os raios que delas saiam jorravam de todos os lados, o que enchia toda a parte de baixo, de maneira que não se viam mais os pés da Santíssima Virgem. Os anéis eram em número de três em cada dedo, o maior perto da mão, um de grandeza média ao meio, e o menor na extremidade. Cada anel era revestido de pedras, mais belas umas que as outras, de um tamanho proporcionado, umas maiores e outras menores. As pedras maiores davam raios mais grossos, e as menores raios menores. Dizer-vos o que entendi no momento em que a Santíssima Virgem oferecia o globo a Nosso Senhor, é impossível transmitir...

    Como eu estivesse ocupada em contemplar a Santíssima Virgem, uma voz se fez ouvir no fundo do meu coração, que me disse: “Estes raios são os símbolos das graças que a Santíssima Virgem obtêm para as pessoas que Lhas pedem”. Estas linhas devem ser postas como legenda em baixo da imagem da Santíssima Virgem”.

A Vidente notou que de algumas pedras não saiam raios (como na ilustração ao lado). Uma voz lhe disse: “Estas pedras das quais não sai nada são as graças que os homens se esquecem de Me pedir”.



Na esfera branca sobre a qual estavam apoiados os pés da Virgem Santíssima, “havia também uma serpente de cor esverdeada, com manchas amarelas”.








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FONTE: Excertos do artigo de autoria de Antonio Augusto Borelli Machado publicado na revista "Catolicismo" nº. 359, novembro de 1980, por ocasião dos 150 anos das Aparições da Virgem de 1830 - O título é nosso.

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